Vizinhos de bairro que pode afundar em Maceió bloqueiam avenida em Bebedouro em protesto


Manifestantes pedem realocação e mais segurança no bairro. Moradores do Flexal realizam protesto na manhã desta terça-feira
Moradores das comunidades Flexal de Baixo e Flexal de Cima, localizadas em Bebedouro, bairro vizinho ao Mutange, onde está localizada a mina da Braskem que pode desabar, fizeram um protesto nesta terça-feira (16) e interditaram a principal via do bairro. Eles cobram realocação e mais segurança na região.
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A manifestação começou por volta das 7h30. Eles queimaram galhos de árvore e pneus para impedir a passagem a passagem os veículos e chamar a atenção.
“Estamos reivindicado os direitos de danos morais e pedindo a realocação, pois a situação só piora com o passar dos dias e ninguém faz nada”, disse o morador Carlos Pereira.
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Jornal Nacional/Reprodução
A Polícia Militar está no local acompanhando a situação e o Gerenciamento de Crises foi acionado para negociar com os manifestantes a liberação da via. O g1 tenta contato com a Braskem e com a Prefeitura de Maceió.
O problema do afundamento do solo começou em 2018 e, à medida que foi se agravando, provocou a desocupação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros de Maceió. Somente as famílias que viviam na área de risco direto foram incluídas no programa de compensação financeira da Braskem, empresa responsável pela mineração apontada como a principal causa da a instabilidade no solo.
Desde que as evacuações começaram no Mutange, Bom Parto, Bebedouro e em parte do Pinheiro e do Farol, mais de 55 mil pessoas tiveram que deixar seus imóveis. Após o alerta de colapso, a Justiça determinou a retirada de pouco mais de 20 famílias no Bom Parto.
FOTO DE ARQUIVO DE 04/11/2020. Vista geral da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió, no estado de Alagoas, onde os moradores tiveram que deixar suas casas devido a instabilidade do solo causada pela extração da sal-gema, utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), localizado a mais de mil metros de profundidade.
PEI FON/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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