Afundamento do solo em Maceió chega a 1,61m; análise da coleta de água da lagoa Mundaú é realizada por pesquisadores da UFAL


Risco de colapso de mina de sal-gema ameaça ecossistema. Análise vai apontar qualidade da água. Imagem panorâmica mostra localização onde mina pode afundar, próximo da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió
Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas
O solo da mina da Braskem com risco de colapso em Maceió atingiu 1,61 m, desde o início do monitoramento, segundo boletim divulgado às 18h deste sábado (2) pela Defesa Civil. Como 60% dessa mina de sal-gema fica na Lagoa Mundaú, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) coletaram amostras de água durante a tarde para avaliar se o afundamento já afetou a lagoa.
O órgão permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18, que fica na região do antigo campo do CSA, no Mutange.
A preocupação de ambientalistas é de que a água da lagoa entre em contato com o sal-gema da mina e fique salgada, afetando o ecossistema. As lagoas Mundaú e Manguaba formam o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), um dos ambientes mais representativos do litoral alagoano.
Entenda risco de colapso de mina da Braskem em Maceió
A pesca, principal fonte de sobrevivência para as populações da região, foi suspensa por tempo indeterminado. A Marinha ampliou o perímetro com boias como sinalizar a área.
As amostras coletadas pelos pesquisadores serão analisadas no Laboratório da Ufal. O objetivo é identificar se há houve alguma alteração na água. O laudo com o resultado do levantamento deve ser concluído em até duas semanas.
Segundo o boletim da Defesa Civil, a velocidade do deslocamento de terra se manteve em 0,7 cm/h. Na comparação com o início da noite de sexta-feira (1º), o afundamento foi de 11, 8 cm nas últimas 24 horas.
Mina de extração de sal-gema em Maceió cede quase 2 metros em 72 horas
Arte/g1
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