Primeira tentativa de julgamento aconteceu em julho, mas júri foi suspenso depois que a defesa do ex-militar abandonou o plenário. Ex Policial Militar Josevildo Valentim dos Santos Junior, acusado de estuprar e matar a jovem Aparecida Rodrigues Pereira Vieira e tentar matar o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto, no bairro do Pontal, em Maceió, em 2019
Nick Marone/TV Gazeta
Começou nesta quinta–feira (16) o júri popular do ex-policial militar Josevildo Valentim dos Santos Junior, acusado de homicídio qualificado, estupro e tentativa de homicídio qualificado contra Maria Aparecida, Agnísio dos Santos . O julgamento é presidido pelo juiz Yulli Rotter Maia.
A primeira tentativa de julgamento aconteceu no dia 17 de julho. Segundo o Ministério Público Estadual (MP-AL), o julgamento foi suspenso depois que a defesa do PM abandonou o plenário.
Ao g1, o advogado do PM, Luiz Estevão Perez, disse que pediu a suspensão “por considerar que um dos jurados estava contaminado”, mas que, apesar do cancelamento do júri, não abandonou o processo.
Namorado da vítima diz que réu obrigou casal a fazer sexo antes de atirar
O namorado de Maria Aparecida, Agnísio dos Santos, foi o primeiro a depor. Ele contou que o casal foi sequestrado na porta da casa dela. Agnísio foi colocado na mala do carro, enquanto Aparecida foi obrigada a sentar no banco de passageiro.O crime aconteceu na madrugada do dia 13 de julho de 2019.
Ele disse que foi obrigado a fazer sexo com a namorada na frente do militar antes de ser baleado. Agnísio disse ainda que só sobreviveu porque se fingiu de morto após ser baleado quatro vezes.
O então policial militar foi preso dias depois e confessou. Ele não tinha vínculo com as vítimas e disse que estava sob efeito de drogas. Durante o julgamento, a defesa chegou a sustentar que o seu cliente sofria de transtorno psiquiátrico, apresentando quadros de psicose e que, portanto, não poderia responder criminalmente pelos seus atos.
Durante as investigações, o militar ainda confessou ter estuprado outra jovem entre os anos 2013 e 2014 em Marechal Deodoro. O fato motivou os investigadores a colher material genético do suspeito para confrontar outras casos de agressão contra mulheres.
Aparecida Rodrigues Pereira Vieira foi estuprada e morta pelo policial militar Josevildo Valentin
Reprodução/TV Gazeta
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