Colombiano que matou namorada em 1994 é preso pela Polícia Federal no Alagoas; ele morava em Minas Gerais e estava foragido


No dia 18 de abril deste ano, o STF autorizou a extradição de Jaime Henrique Saade Corman, assassino de Nancy Mestre, que foi estuprada e morta aos 18 anos. Nancy Mariana (esq) foi morta por Jaime Saade (dir), na Colômbia, em 1994
Redes sociais
O colombiano Jaime Saade foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta segunda-feira (1º), no Alagoas. Ele fugiu para o Brasil depois de matar a namorada, Nancy Mestre, em 1994, na Colômbia, e estava foragido.
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De acordo com a PF, Saade foi encontrado em uma pousada no município de Marechal Deodoro (AL) e tentou correr quando viu os agentes, mas foi cercado e não ofereceu resistência.
A prisão foi realizada pelo Núcleo de Cooperação Internacional da PF-MG, com o apoio de policiais da inteligência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Antes disso, ele havia sido visto pela última vez em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Ainda segundo a instituição, ele vai ser encaminhado para a Superintendência da PF em Maceió e, nesta terça-feira (2), transferido para a capital mineira, onde vai ficar à disposição da Justiça da Colômbia.
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Processo de extradição
No dia 18 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Jaime Henrique Saade Corman, assassino de Nancy Mestre, que foi estuprada e morta aos 18 anos, na Colômbia, em 1994.
O criminoso fugiu para o Brasil e assumiu uma nova identidade. Foi o pai da vítima, Martín Mestre, quem investigou e descobriu o paradeiro do criminoso.
O caso ganhou destaque na imprensa do país e, mesmo foragido, em 1996, Jaime foi condenado pela justiça colombiana a 27 anos de prisão por homicídio e estupro.
Martín contratou detetives, fez cursos de investigação e criou perfis falsos em redes sociais para se aproximar de parentes de Jaime Saade. Em uma das conversas, ele descobriu que Jaime tinha um parente que vivia no Brasil. A partir daí, redirecionou a investigação e localizou o criminoso em Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Em janeiro de 2020, o colombiano foi preso na capital mineira, 24 anos depois de ter sido condenado em seu país natal.
Porém, ele ficou na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por apenas nove meses. Ele foi libertado depois de receber alvará de soltura com revogação da prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal.
Em 2020, um pedido de extradição do governo colombiano foi negado pelo STF. Houve um empate entre os ministros e, nesses casos, o resultado é favorável ao réu.
O pai de Nancy recorreu e, de forma inédita, o caso foi julgado de novo neste ano pelo tribunal. Desta vez, com decisão favorável à extradição.
A morte de Nancy
Nancy tinha 18 anos quando conheceu Jaime, 13 anos mais velho, e namoraram por pouco tempo. O crime foi na noite de réveillon. A jovem passou a virada do ano em casa com os pais e o irmão. Depois, saiu para encontrar o namorado e não voltou. No dia seguinte, Martín soube que a filha estava internada numa clínica com um ferimento de bala na cabeça. Ela morreu oito dias depois e Jaime desapareceu.
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