Polícia indicia 10 pessoas pela morte de torcedor do CSA espancado em Maceió


Eles responderão por homicídio duplamente qualificado e corrupção de menores, já que dois adolescentes também participaram do crime e serão responsabilizados. Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como Peu, foi morto a golpes de barra de ferro em Maceió
Arquivo pessoal
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do torcedor do CSA Pedro Lúcio dos Santos, agredido com golpes de barra de ferro no bairro do Trapiche, em Maceió, após jogo no Rei Pelé. Segundo a investigação, 12 pessoas participaram do crime, incluindo dois adolescentes. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22).
Os 10 adultos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, já que a vítima foi morta por motivo torpe e não teve chance de defesa. Eles também responderão por corrupção de menores. Desses dez, quatro estão presos e seis foragidos.
Os dois adolescentes serão responsabilizados por ato infracional análogo ao crime de homicídio duplamente qualificado. A responsabilidade deles são apuradas junto à Vara da Infância e Juventude.
Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como Peu, tinha 47 anos. Ele foi morto nas proximidades do Estádio Rei Pelé, depois do jogo contra o Confiança. Quando a partida terminou, Peu sentou em um churrasquinho para comer com amigos.
A filha de Peu, Jessyca Milena, contou que o pai foi agredido por torcedores, que utilizaram barras de ferro, facas e garrafas. Pedro deixou quatro filhos e três netos.
De acordo com a delegada que investigou o caso, Rosimeire Vieira, o azulino foi agredido e morto pelo simples fato de estar vestido com a camisa do CSA.
“Peu foi uma vítima aleatória. O motivo da morte dele foi unicamente o fato de ele estar nas imediações do estádio trajando a camisa do time para o qual ele torcia”, afirmou a delegada.
Antes de agredir e matar Peu, o grupo cometeu outros crimes em diversos bairros. Segundo a polícia, tudo foi orquestrado.
“Esse grupo criminoso orquestrou esse ataque dias antes. Eles se organizaram, eles locaram veículos, eles criaram grupos no WhatsApp para combinar encontros. Tudo foi previamente orquestrado. Chegaram, inclusive, a confessar em interrogatório que, na localidade do bairro Tabuleiro, chegaram a espancar uma pessoa. Seguiram rodando pela cidade, encontraram outro torcedor e rasgaram a camisa que ele trajava justamente porque era uma camisa de um time rival”, disse a delegada.
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