Segundo conselheiro, enteada disse que agrediu padrasto depois de uma discussão e que está arrependida. A criança negou qualquer ato anterior de violência. Menina disse em depoimento que agrediu padrasto depois de discussão
Elza Fiuza/Agência Brasil
A menina de 11 anos que matou o padrasto a facadas durante discussão em União dos Palmares, no último sábado (27), disse em depoimento à polícia que não tinha a intenção de matar e que está arrependida. A informação foi confirmada ao g1 pelo conselheiro tutelar que acompanha o caso, Alison Pereira.
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“Ela chorou na hora em que o fato aconteceu. Ela disse no depoimento que estava arrependida. Pelo que ela falou lá [depoimento], ela achou que tinha sido só um furo pequeno, ela não achou que ele ia morrer, pois ela disse que [a facada] não foi para matar”, disse o conselheiro.
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A menina contou que no dia do crime o padrasto, Rafael Alves da Silva, de 32 anos, passou o dia bebendo em um bar e que chegou em casa bastante alterado. À noite, uma discussão teria começado e eles se agrediram, ela diz que foi empurrada e que machucou a boca.
Ainda, segundo relato da criança, durante a discussão Rafael chamou o seu pai, que já faleceu, de bandido. A menina então desferiu um golpe no peito do padrasto. Durante o depoimento, ela disse que nunca tinha sido agredida pelo padrasto até então.
Rafael, de 32 anos, chegou a ser socorrido e internado no Hospital Regional da Mata (HRM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (28).
A criança foi encaminhada para a casa de parentes e está sob os cuidados da mãe. A Vara da Infância vai determinar quais medidas protetivas serão aplicadas à ela. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que menores de 12 anos são considerados crianças e são inimputáveis penalmente, ou seja, não podem sofrer nenhum tipo de penalidade.
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