Adolescente de 13 anos usou o celular de Flávia dos Santos Carneiro para se comunicar com familiares e colegas de trabalho. Namorado da menina que cometeu o crime foi preso pela polícia e confessou a morte. Flávia dos Santos Carneiro foi assassinada pelo genro e crime teve a participação da própria filha
Arquivo pessoal
A adolescente de 13 anos que foi apreendida e confessou ter participado da morte da própria mãe, disse em depoimento que usou o celular da vítima para tranquilizar familiares e colegas de trabalho dela. Flávia dos Santos Carneiro foi assassinada e o corpo foi colocado dentro de uma geladeira. O namorado da adolescente foi preso e confessou o crime.
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O delegado Thiago Prado disse nesta quarta-feira (6) que a menina se passou pela mãe e enviou várias mensagens através do WhatsApp. O corpo ficou dentro da geladeira durante quatro dias e, por causa das mensagens, ninguém da família desconfiou de seu sumiço.
“Ela alega que após o assassinato da mãe, após colocar o corpo da mãe dentro da geladeira, ela começou a se passar pela mãe utilizando o celular da Flávia e então se comunicou com familiares; disse lá no local de trabalho da Flávia que ela não iria trabalhar porque estava se sentindo mal e estava de atestado pelo médico. De modo que nem os colegas de trabalho, nem familiares, nem amigos sentiram a falta da Flávia. Acharam, portanto, que era justificável o fato de ela não estar aparecendo, quando na realidade tudo era feito pela própria filha”, disse o delegado.
O corpo de Flávia foi descoberto por um homem que trabalha com serviço de frete e foi contratado pelos envolvidos no crime para fazer uma mudança do Jacintinho para o Benedito Bentes, em Maceió. Ele desconfiou da geladeira lacrada com fitas adesivas e acionou a polícia. Horas depois, o pai do homem que contratou o serviço de frete foi preso e a filha da vítima foi apreendida. O namorado dela, que cometeu o crime, também foi preso.
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Proibição de entrar na casa da vítima e frieza da filha
O delegado disse ainda que o namorado é usuário de drogas e esse era um dos motivos para que a mãe rejeitasse o relacionamento. As brigas eram constantes e o último conflito entre mãe e genro aconteceu no carnaval, quando Flávia o proibiu de entrar na casa dela. Porém, na sexta-feira ela voltou mais cedo do trabalho e flagrou o jovem no imóvel e isso foi o estopim para a briga que terminou em morte.
“Segundo relato do namorado, a adolescente teria contido a mãe, segurando os braços dela, passou a faca para ele o qual então, pela região posterior do corpo efetuou diversos golpes no crânio, na região do pescoço e do tórax”, disse Thiago Prado.
O delegado falou ainda sobre a frieza da adolescente ao narrar os fatos.
“Pelo menos na nossa ótica não detectamos isso [arrependimento], não vimos uma lágrima escorrer de seus olhos o que demonstra que ela cometeu o ato bastante segura do que estava fazendo e após o ato, ela se manteve também segura”.
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Corpo de Flávia dos Santos Carneiro foi achado dentro de uma geladeira
Arquivo pessoal
Família tinha relacionamento conflituoso
Ao ser questionado sobre familiares da vítima, o delegado revelou que testemunhas disseram que o contexto familiar era bastante conflituoso. Um filho maior de idade deixou de morar com a mãe e a irmã por causa das brigas constantes do namorado com elas. “Ele disse que saiu de casa porque não aguentava mais essas brigas, esses conflitos, essas agressões que estavam acontecendo”.
Sobre o pai da adolescente, Thiago Prado disse que ele não mantinha contato com a família há anos. Foi feito contato com ele após o crime informando sobre os detalhes e que a filha estava apreendida na delegacia, porém o pai disse que preferia não se envolver com a situação.
Estupro de vulnerável
Como a adolescente é menor de idade, o caso também foi repassado para a Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adoescente uma vez que foi detectada a menina de 13 anos mantinha relação amorosa e sexual com o namorado de 22.
“Isso repercute na prática de crime de estupro de vulnerável. Ela foi submetida a exame de corpo de delito e conjunção carnal e tudo isso foi encaminhado para a delegacia para que seja investigado o crime”, explicou Thiago Prado.
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