Irmã diz que idosa que teve perna amputada por erro médico no HGE, em Maceió, era ativa e gostava de morar sozinha


Maria José, 73 anos, precisava de cirurgia para corrigir fratura no tornozelo, mas foi submetida a uma amputação. Direção do hospital afastou equipe e abriu sindicância. Hospital Geral do Estado de Alagoas (HGE), em Maceió
Carla Cleto
Familiares da idosa que teve uma perna amputada por erro médico no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, contaram ao g1 neste sábado (22) que Maria José, 73 anos, era ativa, independente e morava sozinha antes da cirurgia.
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A paciente aguardava uma cirurgia para corrigir uma fratura no tornozelo, mas teve uma perna amputada até a altura da coxa. A direção do hospital afastou a equipe médica envolvida e abriu sindicância para apurar o caso.
Maria Aparecida, 58 anos, contou que a irmã teve o pé imprensado por um carro quando ia a uma padaria perto de casa. Socorrida pelo motorista, a idosa foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro, onde um raio-x apontou fratura no tornozelo e foi orientada a procurar o HGE para uma cirurgia de pequeno porte.
“Estava todo mundo ciente que ela ia se operar, fazer uma minicirurgia no pé. Ela não estava sentindo dor. Era uma minicirurgia”, disse.
A irmã também contou que Maria José gosta de ser independente, mesmo com a idade avançada.
“A minha irmã era uma pessoa ativa. Dia de domingo eu encontrava ela na feira comprando suas frutas da semana com aquela sacolinha. Ela era independente. A gente queria que ela viesse morar na mesma rua que eu e os outros irmãos. Mas ela preferia ficar na casinha dela. Nossos irmãos são muito unidos. A família depende de hospitais públicos. Como confiar? Somos em 7 irmãos a maioria todos idosos. Minhas irmãs não param de chorar”, disse Maria Aparecida.
Sobrinho da vítima, o jornalista Márcio Anastácio, 31 anos, disse que a família não quer condenar a saúde pública, mas exige que os responsáveis pelo erro médico sejam punidos.
“Eu e minha família somos usuários do SUS, não temos como pagar plano de saúde. Sabemos da sua importância. Não se trata de condenar o serviço público, mas queremos saber o que está acontecendo no HGE para que um erro tão absurdo tenha acontecido e queremos a responsabilização dos culpados. As medidas jurídicas ainda estão sendo avaliadas pela família”, disse.
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