Julgamento de acusado de matar a ex-esposa com 32 facadas em Maceió é adiado: ‘Precisamos fechar esse ciclo’, diz irmã da vítima


Essa é a segunda vez que o julgamento é adiado. Joana de Oliveira Mendes foi encontrada morta dentro de um carro, em 2016. Arnóbio Henrique Melo confessou que matou Joana Mendes
PC-AL
A irmã de Joana Oliveira Mendes, assassinada com 32 facadas em 2016, em Maceió, relatou ao g1 nesta quarta-feira (31) que recebeu com decepção a notícia do adiamento do julgamento do ex-marido da vítima, Arnóbio Henrique Melo, réu confesso. O júri estava marcado para esta quinta-feira (1º), mas foi remarcado pela segunda vez.
“É uma frustração. A gente espera que a justiça seja feita há quase oito anos. É muito frustrante. A gente precisa ver a condenação desse assassino, são muitos anos aguardando, na espera que seja efetivamente feita justiça. A gente precisa fechar esse ciclo”, disse Júlia Mendes.
O julgamento, que já havia sido adiado em dezembro de 2023, foi remarcado para o dia 1º de abril após o advogado de defesa do réu informar que não estava apto para participar do júri. Ele conseguiu o adiamento após apresentar um atestado médico assinado por um médico psiquiátrica.
“A defesa vem usando de alguns mecanismos para adiar o julgamento. Quando ele é marcado, já começa a ter uma expectativa muito grande. A gente torna a viver o momento, o dia do crime, toda a história que levou a esse final trágico. Mexe muito com o emocional da família”, relatou a irmã.
Júlia (à esquerda) diz que a família precisa que ex-cunhado seja julgado para que se feche um ciclo
Arquivo pessoal/Júlia Mendes
Joana foi assassinada em 2016, quando ela e Arnóbio estavam em processo de divórcio. Segundo testemunhas, ele não aceitava o término do relacionamento.
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Na noite do crime, eles se encontraram para falar sobre a pensão do filho mais novo, na época com 2 anos de idade. Joana foi esfaqueada e o seu corpo foi encontrado dentro de um carro, no Conjunto Santo Eduardo.
À época, a defesa do acusado disse que ele confessou que matou a ex-esposa, mas que não se lembrava dos detalhes.
“Como advogada eu compreendo como andamento do processo, mas como família a gente fica indignado, revoltado. É uma frustração. A gente fica de mãos atadas. É preciso respeitar o devido processo legal, mas para a família é muito desgastante”, disse Júlia.
Julgamento de homem que matou a ex a facadas é adiado pela segunda vez
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