Solo da mina que colapsou em Maceió continua afundando, diz Defesa Civil


Velocidade de deslocamento registrado agora é menor. Nível de afundamento da mina atingiu 29,48cm após o colapso. Braskem terá que fornecer informações sobre a possibilidade de outras situações de colapsos nas demais minas que estão em processo de fechamento
Thiago Sampaio / Agência Alagoas
O solo da mina que colapsou em Maceió continua afundando, segundo informou a Defesa Civil nesta sexta-feira (22). A velocidade de deslocamento, no entanto, é bem menor do que a que estava sendo registrada antes do colapso. O local estava sem monitoramento desde o dia do rompimento da mina.
De acordo com o órgão, o solo afundou 29,48 cm, com uma velocidade de 0,69 mm por hora, desde o colapso. Já o movimento do solo registrado nas últimas 24h foi de 16,66 mm.
A velocidade de movimentação do terreno está bem abaixo do que vinha sendo registrado antes do colapso. No último boletim divulgado pela Defesa Civil, horas antes de a mina colapsar (assista no vídeo abaixo), as medições eram as seguintes:
ritmo da movimentação do solo de 0,52 cm/h
profundidade de afundamento de 2,35 metros
Parte da mina 18 da Braskem se rompe em Maceió
A mina 18 e todo o seu entorno estão desocupados desde o primeiro aviso de risco de colapso na região, divulgado no dia 29 de novembro.
O local ficou sem monitoramento por mais de dez dias, já que o equipamento usado para medir com alta precisão a movimentação do solo foi levado pela água quando a mina sem rompeu sob a lagoa. O monitoramento foi retomado somente no dia 12 de dezembro e, mesmo assim, o processamento de dados não aconteceu de forma imediata.
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A mina que colapsou é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema. Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras nas casas por causa da mineração realizada pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.
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