Lira diz que ‘versão’ de que Maceió está afundando deve ser jogada na ‘lata do lixo’


Presidente da Câmara afirmou que ‘responsável’ pelo afundamento de solo em uma região da capital alagoana ‘vai ter que pagar’. Nesta semana, Senado instalou CPI para investigar caso. O presidente da Câmara, Arthur Lira, durante discurso em evento voltado para negócios no setor de turismo
Reprdoução/Canal Gov
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta sexta-feira (15) o que chamou de “versão” de que Maceió (AL) está “afundando”. Durante um evento sobre turismo em Brasília, o parlamentar afirmou que essa “versão” precisa ser jogada “na lata do lixo”.
Na última quarta-feira (13), o Senado instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o afundamento do solo em uma região de Maceió. O problema foi provocado pela extração de sal-gema pela empresa Braskem (veja mais detalhes aqui).
A CPI foi criada a partir de um pedido apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário político de Lira em Alagoas.
“[Queria] enaltecer e agradecer, antecipadamente, a ida do ministro Celso Sabino (Turismo) e do [Marcelo] Freixo a Maceió comigo, para que a gente de uma vez por todas jogue na lata do lixo a versão de que a minha cidade, o meu estado está afundando”, afirmou Lira nesta sexta-feira.
“Isso não é justo com Maceió, não é correto com Maceió. E quem é responsável pelo que está acontecendo lá, isoladamente, vai ter que pagar”, completou o presidente da Câmara.
Lira, o ministro do Turismo, Celso Sabino, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participaram nesta sexta em Brasília da abertura da 7ª Edição do Salão Nacional do Turismo, um evento organizado pelo governo para promoção do setor.
Afundamento em cinco bairros
Cinco bairros da capital alagoana são atingidos por um afundamento de solo, que ocorre desde 2019. Segundo a Defesa Civil de Maceió, 55 mil moradores deixaram as suas casas nessas áreas. As saídas ocorreram após instabilidades no solo da região e o surgimento de rachaduras em casas e ruas.
No último mês, sob o risco iminente de colapso de uma mina de sal-gema na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, a capital alagoana decretou estado de emergência. O governo federal reconheceu a situação.
No domingo (10), parte de uma mina da Braskem sofreu um rompimento. Fotos do local mostram como era e como ficou a área após ser inundada pela água. Não se sabe ainda o tamanho da cratera aberta sob a água.
A terra da região ainda oscila constantemente e há risco de um colapso no local. A mina é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, e parte dela fica sob a lagoa.
Jogos online
Durante discurso, o presidente da Câmara afirmou ainda que a Casa se dedicará na próxima semana à aprovação do projeto que trata das apostas esportivas e jogos de fantasia. A proposta, se aprovada, aumentará a quantidade de recursos orçamentários para o Ministério do Turismo.
“A regulamentação e aprovação pelo Senado e retorno para Câmara dos jogos no Brasil também serão um atrativo imprescindível para o turismo no país. Fatos que são conhecidos e existem na sociedade brasileira não podem estar à margem da legislação sem contribuir com empregos, geração de divisas e com impostos para que esse país se desenvolva”, afirmou.
Lira deixou o evento logo após sua fala e retornou para a Câmara dos Deputados para acompanhar a votação da Medida Provisória que altera as regras de tributação das subvenções de ICMS.

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