Último registro é de horas antes de a mina se romper, quando o sensor marcava afundamento acumulado de 2,35 metros e velocidade de deslocamento vertical de 0,52 cm/h. Monitoramento da área da mina da Braskem que colapsou em Maceió é retomado
O monitoramento da instabilidade do solo na área da mina da Braskem que colapsou em Maceió foi retomado após um novo equipamento ser instalado no lugar do que foi perdido quando o solo afundou no domingo (10). A medição que pode apontar se o terreno continua afundando ou se houve estabilização vai ser concluída nesta quarta-feira (13), segundo a Defesa Civil Municipal.
O equipamento ficava à margem da lagoa Mundaú e era usado para medir com precisão a movimentação do terreno. O novo sensor foi instalado na área pela Braskem e o monitoramento foi retomado na terça-feira (12), mas é necessário esperar 24 horas para que os dados sejam processados.
“Quando a gente conseguir aqui processá-los nessa leitura de distância por tempo, a gente vai saber quanto de velocidade deve tá ali ainda baixando, ou se essa velocidade, se esse deslocamento ele, se estabilizou”, disse o Coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
O último registro é de horas antes de a mina se romper, quando o dispositivo marcava velocidade de deslocamento vertical de 0,52 cm/h e afundamento acumulado de 2,35 metros.
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Impactos do colapso na lagoa Mundaú
Parte da mina 18 da Braskem se rompe sob a lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió
Secom Alagoas
Logo após o rompimento da mina, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) coletaram amostras de água para avaliar os impactos na lagoa. A equipe analisa a qualidade da água e se há riscos para os organismos vivos da lagoa Mundaú.
O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IML) cobrou que a Braskem apresente um plano de reparação dos danos ao meio ambiente. Ao todo, são 13 solicitações, cada uma com um prazo diferente. A empresa informou que vai fazer o levantamento das informações necessárias e apresentá-los dentro dos prazos.
‘Redemoinho’ na lagoa e pesca proibida
Defesa Civil de Maceió explica fenômeno de ‘redemoinho’, observado após colapso da mina
Imagens desta terça-feira (12) mostram que água da lagoa se movendo como se formasse uma bacia, uma espécie de redemoinho. De acordo com a Defesa Civil o fenômeno já era esperado e faz parte do processo de acomodação do solo, que ainda está em andamento.
“Era esperado e deve surgir ainda em outros momentos até que haja a estabilização. Agora temos que reforçar todas as recomendações que foram feitas pela Defesa Civil, dos pescadores não entrarem na área demarcada, as pessoas também não devem acessar a área restrita”, afirmou Abelardo Nobre.
O trecho em um raio de 1 km na lagoa Mundaú próximo ao bairro do Mutange, onde está localizada a mina colapsada continua interditado para navegação e não há previsão para o fim da proibição. Pescadores e catadores de sururu estão proibidos de trabalhar na região.
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Medição que pode apontar se solo continua afundando após colapso de mina em Maceió é concluída nesta quarta-feira
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