Com novo equipamento, Defesa Civil volta a monitorar área da mina que se rompeu em Maceió


Dispositivo instalado próximo ao local que afundou vai medir com precisão se o solo no local continua afundando ou se houve a estabilização esperada. Parte da mina 18 da Braskem se rompe sob a lagoa Mundaú no bairro do Mutange, em Maceió
Secom Alagoas
Após a instalação de um novo equipamento na área da mina da Braskem que se rompeu no domingo (10), a Defesa Civil retomou nesta terça-feira (12) o monitoramento da instabilidade do solo no local. Com o DGPS, dispositivo capaz de medir com precisão a movimentação do terreno, vai ser possível avaliar se o solo continua cedendo ou se houve a estabilização.
O equipamento que fazia esse monitoramento antes do colapso da mina ficava à margem da lagoa Mundaú e foi perdido quando o solo se abriu. Coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre explica que somente após 24 horas em funcionamento é que será possível fazer a comparação dos dados e mensurar a movimentação no local.
“Precisa de tempo para que os dados sejam processados. Vamos esperar que os dados sejam transformados em distância por tempo, aí vamos saber quanto de velocidade vai estar ali ainda baixando ou se estabilizou”, afirmou Abelardo Nobre.
Para fazer os cálculos, a Defesa Civil utiliza uma média de profundidade do afundamento do solo unida ao tempo em que o terreno se desloca chegando a uma velocidade de centímetro por hora. O último registro é de horas antes de a mina ceder, quando o equipamento marcava 0,52 cm/h.
“Tem que fazer outros estudos na região, com outra metodologia. É um fenômeno submerso e a gente precisa dimensionar usando sonares. Enquanto isso, todo o trabalho de monitoramento continua”, disse.
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Água da lagoa sobre a mina continua em movimento
O equipamento instalado vai ajudar no registro de fenômenos que surgem após o colapso da mina, como o que foi registrado nesta terça-feira pela Defesa Civil e que mostra a água da lagoa se movendo como se formasse uma bacia, ema espécie de redemoinho.
De acordo com o órgão, o fenômeno já era esperado e faz parte do processo de acomodação do evento, que ainda está em andamento.
“Era esperado e deve surgir ainda em outros momentos até que haja a estabilização. Agora temos que reforçar todas as recomendações que foram feitas pela Defesa Civil, dos pescadores não entrarem na área demarcada, as pessoas também não devem acessar a área restrita”, afirmou Nobre.
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