Alerta máximo: entenda a variação no ritmo do afundamento do solo em área de mina em Maceió


Logo após alerta emitido pela Defesa Civil, solo na região afundava a 5 cm/h; atualmente, essa velocidade é de 0,26 cm/h. Para estabilização do local, ritmo deve alcançar variação em milímetros por ano. Velocidade do afundamento de terra em Maceió
Arte/g1
Desde que a Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta para o colapso de uma das 35 minas de extração de sal-gema que a Braskem mantinha na região do bairro do Mutange, na semana passada, o solo no local já cedeu 1,80 m. A velocidade do afundamento, que atingiu 5 cm/h logo após o alerta, agora é de 0,26 cm/h, segundo a mais recente medição feita na segunda-feira (4).
Apesar da redução em relação à primeira medição do solo feita logo após o alerta de colapso, a Defesa Civil manteve o alerta máximo para risco de colapso porque o afundamento não está estabilizado. Após cinco reduções consecutivas, a tendência de queda foi interrompida por uma variação de 0,01 cm/h.
Entenda a variação no ritmo de afundamento do solo na área da mina da Braskem:
30/11 – no dia seguinte ao alerta, quando a Defesa Civil passou a fazer o monitoramento da movimentação do solo na área da mina que pode colapsar, o afundando estava a uma velocidade de 5 cm/h.
01/12 – pela manhã, a medição mostrava que o ritmo do afundamento havia caído para 2,6 cm/h. No final do dia, uma nova análise apontou uma desaceleração ainda maior, passando para 1 cm/h.
02/12 – o afundamento do solo caiu a um ritmo de 0,7 cm/hora, mantendo a tendência de desaceleração.
03/12 – ainda em queda, o ritmo da movimentação do solo na área da mina da Braskem passou a 0,3 cm/h.
04/12 – a segunda-feira começou com uma nova desaceleração, 0,25 cm/h, o que acendeu a esperança de uma possível estabilização sem o rompimento abrupto do solo. Contudo, o ritmo do afundamento voltou a subir ao final do dia, 0,26 cm/hora (último balanço divulgado de manhã).
Segundo a Defesa Civil, o alerta máximo continua vigente porque, para que haja uma estabilidade no solo, a movimentação na região precisa afundar poucos milímetros por ano, o que é quase imperceptível.
Ritmo do afundamento do solo passa a 0,26 cm por hora em área de mina em Maceió
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Desde 2018, quando sugiram as primeiras rachaduras no solo, em prédios e casas, mais de 14 mil imóveis foram evacuados nos bairros do Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e Farol. Após o alerta da Defesa Civil, outras famílias que viviam no entorno da área evacuada também tiveram que sair das suas casas, algumas por iniciativa própria e outras sob ordem judicial.
Em 2019, a petroquímica interrompeu a mineração, apontada como a principal causa da instabilidade no solo, e paralisou a operação da fábrica de cloro-soda na cidade. A fábrica voltou a operar em fevereiro de 2021, mas com sal importado do Chile.
Por meio de nota, a Braskem ressaltou que “as áreas de serviço em torno da mina 18 continuam isoladas, e o monitoramento feito 24 horas por dia segue sendo compartilhado com as autoridades”.
Quem foi incluído no mapa de risco elaborado pela Defesa Civil e obrigado a deixar suas residências e seus negócios, entrou no programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, onde a Braskem oferece uma indenização para compensar os danos causados pela mineração.
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