Mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados em cinco bairros desde 2018, quando um tremor de terra chamou atenção para as consequências da mineração realizada pela Braskem na região. Em show no RJ, Djavan comenta afundamento do solo em Maceió, sua cidade natal
Durante um show no Rio de Janeiro, na noite de sábado (2), o alagoano Djavan comentou o drama que vive a população de Maceió, sua cidade natal, por causa do risco de colapso em uma das 35 minas da empresa Braskem, que pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã em uma área urbana.
“Eu quero aproveitar para me solidarizar com o povo de Alagoas, com o povo de Maceió, pelo que ele está sofrendo, pelo total descaso das autoridades. É um absurdo o que está acontecendo em Maceió. Eu apelo para que isso seja resolvido o mais breve possível porque o povo está sofrendo muito”, disse Djavan.
A mina 18, que pode afundar a qualquer momento, está localizada no bairro do Mutange. Desde 2018, quando um tremor de terra chamou atenção para as consequências da mineração, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados, afetando cerca de 60 mil pessoas. O problema também afetou bairros vizinhos, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
A Defesa Civil está em alerta máximo por causa do risco de rompimento na área que, atualmente, já não tem mais moradias ocupadas. O solo no local da mina já cedeu 1,69 m desde 28 de novembro, quando começou o monitoramento, até este domingo (3).
Entenda risco de colapso de mina da Braskem em Maceió
De acordo com a Braskem, a acomodação do solo da mina pode ocorrer de forma gradual até a estabilização ou de forma abrupta.
A mineradora afirma que vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.
Quem vive próximo à região desocupada diz que não consegue dormir, preocupado que o colapso afte uma área maior que o esperado por especialistas que monitoram a situação.
“No meu caso eu passo o dia aqui cozinhando e lavando a roupa, eu entro e só Jesus pra me segurar, porque não tem como sair, porque a qualquer momento essa casa desabar eu morro. Eles têm que tomar uma posição sobre a gente”, disse a dona de casa Expedita, moradora do Bom Parto.
Vale esse 01/12 Mina de extração de sal-gema em Maceió cede quase 2 metros em cinco dias
Arte/g1
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