Censo educacional do sistema prisional de Alagoas aponta que quase 500 presos são analfabetos


Com raio-x da escolaridade, Seris quer incentivar participação de presos que não sabem ler nem escrever em projetos educacionais. Seris conclui censo educacional no sistema prisional de Alagoas
Jorge Santos/Seris
O censo educacional das unidades prisionais de Alagoas apontou que 428 presos não sabem ler nem escrever. A população carcerária alagoana é de 4.667 homens e mulheres distribuídos nos seis presídios e penitenciárias em Maceió e no interior, segundo dados da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
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Dos 428 presos que não sabem ler nem escrever, 305 estão em unidades prisionais na capital e 123, no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano.
Segundo a policial penal e gerente de Educação e Cidadania da Seris, Cinthya Moreno, a meta do censo educacional é realizar um diagnóstico do analfabetismo dentro das unidades prisionais e, a partir do resultado obtido, proporcionar o acesso dos presos a projetos como o “Novas Letras”, que busca erradicar o analfabetismo no sistema penitenciário alagoano.
“Você tendo um dado concreto de quem são as pessoas analfabetas, de acordo com a pedagogia, você terá um dado preciso e trabalharemos não somente com Programa Novas Letras, mas também o programa de alfabetização forma. Após o resultado do censo, nós iremos identificar o número de analfabetos, e daí, inseri-los dentro do projeto. A nossa meta é grandiosa, buscamos reduzir o número de analfabetos privados de liberdade em Alagoas. Pois acreditamos na transformação da educação”, afirmou a gerente.
O secretário da Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira, reforça que a educação é indispensável para a reinserção social.
A coleta de dados foi feita de forma detalhada em todas as unidades prisionais de Alagoas por equipe de pedagogos que aplicou questionário para verificar o nível de alfabetização dos presos.
O levantamento foi realizado nos presídios Feminino Santa Luzia, de Segurança Máxima de Maceió, Cyridião Durval de Oliveira e Silva, do Agreste e as penitenciárias Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira e de Segurança Máxima.
Números de analfabetos por unidade prisional
Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira: população carcerária atualmente de 769 pessoas. Tem 36 analfabetos e 27 analfabetos funcionais.
Cyridião Durval: população carcerária de 471pessoas. Tem 64 analfabetos e 34 analfabetos funcionais.
Presídio Feminino Santa Luzia: 134 mulheres presas. Tem 14 analfabetas e 13 funcionais.
Penitenciária de Segurança Máxima 2 (PENSM2): população carcerária de 1.067 pessoas. Tem 74 analfabetos e 56 analfabetos funcionais.
Penitenciária de Segurança Máxima de Maceió (PENSMM 3): população carcerária de 886 pessoas. Unidade tem 117 analfabetos.
Seris conclui censo educacional no sistema prisional de Alagoas
Jorge Santos/Seris
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De posse dos dados, a Gerência da Educação consegue ter um raio-X sobre a escolaridade dos reeducandos recolhidos as unidades prisionais de Alagoas, entra em campo mais uma ação da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que é a inserção no Projeto “Novas Letras”, que busca erradicar o analfabetismo no sistema penitenciário alagoano.

“Foi bem positivo porque a gente teve o apoio de todos os policiais penais plantonistas e chefes de unidade para a conclusão do censo. O importante disso tudo é que a gente está localizando, fazendo uma pesquisa in loco das pessoas privadas de liberdade que são analfabetas”, destaca a policial penal e gerente de Educação e Cidadania da Seris, Cinthya Moreno.

Antes, os dados colhidos sobre o número de pessoas presas que não se sabe a escolaridade eram superficiais. Agora, com o diagnóstico detalhado por unidade, é possível saber a realidade no quesito educação dos apenados.

“Você tendo um dado concreto de quem são as pessoas analfabetas, de acordo com a pedagogia, você terá um dado preciso e trabalharemos não somente com Programa Novas Letras, mas também o programa de alfabetização formal”, destaca Cinthya Moreno.

A coleta de dados foi feita de forma detalhada em todas as unidades prisionais de Alagoas por equipe de pedagogos que aplicou questionário para verificar o nível de alfabetização das pessoas privadas de liberdade.

Segundo a policial penal Cinthya Moreno, a meta do censo educacional é realizar um diagnóstico do analfabetismo dentro das unidades prisionais e, a partir do resultado obtido, proporcionar o acesso dos apenados ao letramento

“Após o resultado do censo, nós iremos identificar o número de analfabetos, e daí, inseri-los dentro do projeto. A nossa meta é grandiosa, buscamos reduzir o número de analfabetos privados de liberdade em Alagoas. Pois acreditamos na transformação da educação”, afirmou a gerente.

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