Polícia começa a ouvir equipe médica que amputou perna de idosa por engano em Maceió


Maria José, de 73 anos, entrou na sala de cirurgia para corrigir uma fratura no tornozelo, mas teve o membro amputado na altura da coxa. Equipe médica assumiu a culpa e foi afastada. Polícia começa a ouvir equipe médica que amputou por engano perna de idosa
O delegado Robervaldo Davino começou a ouvir nesta terça-feira (2) os cinco integrantes da equipe médica que amputou por engano a perna de uma idosa no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.
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“Já ouvimos o dono do veículo, também tomamos depoimento do filho e do irmão dela [da idosa], tomamos o depoimento do diretor médico [do HGE]. A partir de hoje estamos ouvindo os cinco que estão afastados”, informou o delegado.
Entre os profissionais que serão ouvidos estão um médico vascular, anestesista, circulante (auxiliar de instrumentador) e enfermeira.
Maria José, de 73 anos, teve o pé imprensado por um carro quando ia a uma padaria. Ela foi socorrida pelo motorista e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro, onde um raio-x apontou fratura no tornozelo e foi orientada a procurar o HGE para uma cirurgia de pequeno porte.
A idosa entrou na sala de cirurgia no dia 21 de abril para corrigir a fratura no tornozelo, mas teve o membro amputado na altura da coxa. Maria José continua internada sem previsão de alta.
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A Direção do HGE informou que a equipe assumiu a culpa pela amputação. Os profissionais foram afastados e foi aberta uma sindicância para apurar o caso.
O diretor do HGE, Rodrigo Melo, informou que a idosa será assistida pelo Estado até que se recupere totalmente. “Todo apoio vai ser dado para tentar minimizar esse dano”, disse.
Idosa teve a perna amputada em cirurgia no HGE
Erik Maia/g1 AL
O delegado, a família e a advogada de Maria José participaram de uma coletiva nesta terça (2). Segundo o filho da idosa, Elinaldo de Araújo, a amputação aconteceu por causa de uma duplicidade de nome.
“Havia duas pacientes com o nome Maria José internadas no HGE. No momento do procedimento cirúrgico, a equipe médica não observou o sobrenome das pacientes e acabou amputando a perna da minha mãe, quando na verdade deveria fazer um procedimento no tornozelo dela”, explicou.
A advogada de Maria José, Wanessa Wanderley, afirmou que está em tratativas com o governo e que, desde o início, o Estado prestou assistência à paciente. “A idosa e a família estão sendo amparadas e recebendo atendimento médico”, afirmou.
A Comissão Especial da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) também participou da coletiva. “Nós pedimos que o Ministério Público entrasse no caso. O outro pleito era que fosse instaurado o inquérito policial. O inquérito foi instaurado e a comissão está acompanhando para ver o resultado final”, afirmou Gilberto Irineu, presidente da comissão.
Rodrigo Melo diretor do HGE disse que a idosa está sendo assistida pelo Estado
Reprodução/TV Gazeta
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