Lorrany Tiffany da Silva é aluna de escola pública e está se descobrindo na literatura infantil escrevendo histórias que ela mesma cria. Lorrany Tiffany da Silva, de 9 anos, sonha em publicar um livro de capa dura
Thony Nunes/Ascom Semed
Contos de fadas, fábulas, aventuras e fantasias são o enredo das histórias criadas pela estudante Lorrany Tiffany da Silva, de 9 anos. Ela é aluna de escola pública municipal do bairro Jacintinho, em Maceió. Lorrany está no 4º ano e conta que aprendeu a ler e escrever aos 5 anos. As histórias que ela cria são escritas em pequenos “livros”, confeccionados de forma artesanal, com pedaços de papel dobrados ao meio, e desenhos também feitos por ela.
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“Quando eu tinha 5 anos comecei a ler e a escrever. Criei as histórias quando não tinha nada para fazer, peguei os papéis, dobrei e montei os livrinhos”, explica Lorrany.
Lorrany participou da programação da Festa Literária do projeto VaLER a Pena, da Prefeitura de Maceió, e apresentou seus trabalhos para todos os colegas. “Eu fiquei paralisada, porque vi muitas pessoas assistindo, quase 500 ou mil pessoas. Fiquei com vergonha, mas, ao mesmo tempo, muito feliz e animada”, disse a estudante.
Em suas histórias, Lorrany transforma momentos do cotidiano, em algo vivo e falante. Já escreveu mais de 100 histórias com personagens que variam entre gatos, cachorros, macacos, abelhas, armários e mesas vivas, a amizade entre flores que falam e a conversa entre um guarda-chuva e uma cadeira.
“Eu penso em animais, pessoas, objetos. E eu invento. Fiz também um livro ‘Se os Móveis Falassem’. Eu gosto muito de desenhar as histórias e também é fácil escrever, criar. Antes, eu fazia histórias com letra bastão, hoje faço um pouco melhor”, contou
Quando os livrinhos ficam prontos, ela distribui para os pais, os dois irmãos, amigos e os professores da escola. “Sempre divulgo com os professores e eles agradecem”.
Lorrany escreve suas histórias em folhas de papel dobradas ao meio, com desenhos feitos por ela mesma
Thony Nunes/Ascom Semed
Incentivo dos professores
Os professores da Escola Municipal Eulina Alencar, incentivam o gosto pela escrita de Lorrany e acompanham a evolução dela. Elisabeth Gonçalves é professora da menina de séries anteriores e conta que alguns anos antes, durante as atividades em sala de aula, quando passava tarefas que estimulavam a escrita, a leitura e a a expressão oral, percebia a aluna tímida e com dificuldade de falar em público.
“Lorrany sempre foi uma aluna exemplar e inteligente, e também era muito tímida, sempre travava quando ia falar em público, com vergonha. Mas, ela não desistiu. Hoje em dia, está mais esperta, solta, mais confortável com as palavras. É muito gratificante presenciar esse avanço, com tão pouca idade”, enfatizou a professora.
Orgulho dos pais
Letícia da Silva Honorato, mãe de Lorrany, tem 35 anos, é dona de casa e faz salgados para vender. O pai é autônomo e utiliza artes gráficas para confeccionar banners. A menina tem dois irmãos, que também estudam e gostam de desenhar e pintar.
A mãe conta que desde pequena a filha já demonstrava interesse na escrita, ainda com 4 ou 5 anos. Um dia disse ao pai que preferia ser escritora, ao invés de enfermeira.
“Lorrany é muito estudiosa. Sempre amorosa com a família, está sempre entregando cartas e histórias para mim e para o pai dela. É emocionante ver que todo o esforço dela e da família está dando bons frutos. Mesmo antes de ela entrar aqui na escola, já sabia ler e escrever, aprendendo muito rápido. Às vezes, fica com preguiça de fazer as tarefas, mas a gente conversa e ela consegue fazer”, disse sorrindo Letícia.
Com tanto estímulo e incentivo, Lorrany adianta os temas dos próximos livrinhos que ela planeja escrever. Ela projeta seu futuro e sonha em publicar um livro “de verdade”.
“Eu quero escrever sobre animais, sobre coisas antigas, sobre o futuro e vou escrever outro livro sobre isso. E no futuro vou fazer um livro de capa dura”, projeta a pequena escritora.
A pequena escritora recebe incentivo dos professores da Escola Municipal Eulina Alencar, no Jacintinho.
Thony Nunes/Ascom Semed
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Estudante de 9 anos cria histórias e produz livros artesanais em Maceió: ‘No futuro vou fazer um livro de capa dura’
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