Após 11 anos, acusados da morte da jovem grávida Roberta Dias devem ir a júri popular


Foram pronunciados Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo. Eles são mãe e amigo de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando Roberta Dias desapareceu em abril de 2012.
Arquivo de família
Após 11 anos, os acusados da morte da jovem grávida Roberta Dias vão a júri popular. Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo foram pronunciados pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Eles são mãe e amigo de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando. A data do julgamento ainda não foi marcada. Os dois respondem ao processo em liberdade.
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Mary Jane chegou a ser presa, mas ganhou liberdade 61 dias depois, após o fim da prisão temporária. Já Karlo Bruno, nunca foi preso. Eles serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado e aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante, além de ocultação de cadáver. Mary Jane será julgada ainda por corrupção de menor, porque Salo era menor de idade à época do crime.
Saulo não é processado nessa ação penal. Ele só é citado na denúncia quando o MP fala sobre o crime.
Roberta Dias desapareceu em Penedo, no início de 2012 depois que saiu de casa para ir a uma consulta médica, no Centro da cidade, e não voltou mais. As investigações apontam que ela foi sequestrada e levada até um local deserto, onde foi asfixiada com um fio de som de carro. Depois, teve o corpo enterrado em uma cova rasa.
A ossada de Roberta só foi encontrada nove anos depois do crime, no Pontal do Peba, na cidade de Piaçabuçu.
Sepultamento de Roberta Dias acontece quase 10 anos após assassinato da jovem, que estava grávida quando foi sequestrada em 2012
Arquivo pessoal
Saulo e a Mary Jane queriam que Roberta abortasse o bebê
Durante as investigações, testemunhas contaram que Saulo e a família teriam pressionado Roberta para que fizesse um aborto, mas, segundo a polícia, ele disse em depoimento que mudou de ideia e que assumiria o filho após exame de DNA.
Na denúncia, Lemos afirma que Karlo Bruno e Saulo participaram da morte da gestante com a intenção de provocar aborto do feto, à época com três meses. Para isso, sequestraram Roberta, a levaram até um local deserto, onde foi asfixiada com com um fio de som de carro.
Já Mary Jane, teria sido “a mentora e financiadora da empreitada criminosa” e que durante o crime ela ligou três vezes para o filho “evidenciando a orquestração da trama promovida pela denunciada”. Em 2013, ela ficou presa por 61 dias, mas foi liberada após o fim da prisão temporária.
Em maio de 2018, o g1 teve acesso a um laudo pericial produzido pela Polícia Federal de uma conversa gravada em áudio em quem um homem admite que ajudou o pai do filho de Roberta a assassiná-la. De acordo com o laudo, a confissão seria de Karlo Bruno.
Na conversa, Bruno conta que ajudou Saulo a matá-la porque ela esperava um filho dele. Segundo ele, Saulo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez.
“Matei por uma bosta, por uma besteira”, diz Karlo Bruno Pereira Tavares na gravação transcrita pela perícia. Por telefone, ele conversou durante 43 minutos com um amigo sobre o homicídio e dá detalhes do motivo e de como tudo aconteceu.
Roberta Dias estava grávida quando foi assassinada
Arquivo pessoal
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