Pedro Lúcio foi agredido com barras de ferro e ficou dias internado no HGE. Agora cinco pessoas estão estão presas. Outras cinco seguem foragidas, Preso mais um suspeito de assassinar torcedor do CSA em Maceió
A Polícia Civil prendeu mais um envolvido na morte do torcedor do CSA Pedro Lúcio dos Santos, agredido com barras de ferro em um churrasquinho após um jogo do Azulão. A prisão ocorreu na noite de sexta-feira (30), em cumprimento a mandado de prisão expedido pela 9ª Vara Criminal.
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A ação policial foi comandada pela delegada Rosimeire Vieira e o suspeito foi preso no Benedito Bentes, na parte alta da cidade.
Segundo a polícia, dois adolescentes participaram do crime e serão responsabilizados por ato infracional análogo ao crime de homicídio duplamente qualificado. Dez adultos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, já que a vítima foi morta por motivo torpe e não teve chance de defesa. Eles também responderão por corrupção de menores.
Agora cinco pessoas estão presas pelo crime e quatro seguem foragidas.
Peu foi agredido com barras de ferro em um churrasquinho
Pedro Lúcio dos Santos, torcedor CSA, golpes de barra de ferro, Maceió, Trapichão
Arquivo pessoal
Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como Peu, tinha 47 anos. Ele foi morto nas proximidades do Estádio Rei Pelé, depois do jogo contra o Confiança. Quando a partida terminou, Peu sentou em um churrasquinho para comer com amigos.
A filha de Peu, Jessyca Milena, contou que o pai foi agredido por torcedores, que utilizaram barras de ferro, facas e garrafas. Pedro deixou quatro filhos e três netos.
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De acordo com a delegada que investigou o caso, Rosimeire Vieira, o azulino foi agredido e morto pelo simples fato de estar vestido com a camisa do CSA.
“Peu foi uma vítima aleatória. O motivo da morte dele foi unicamente o fato de ele estar nas imediações do estádio trajando a camisa do time para o qual ele torcia”, afirmou a delegada.
Antes de agredir e matar Peu, o grupo cometeu outros crimes em diversos bairros. Segundo a polícia, tudo foi orquestrado.
“Esse grupo criminoso orquestrou esse ataque dias antes. Eles se organizaram, eles locaram veículos, eles criaram grupos no WhatsApp para combinar encontros. Tudo foi previamente orquestrado. Chegaram, inclusive, a confessar em interrogatório que, na localidade do bairro Tabuleiro, chegaram a espancar uma pessoa. Seguiram rodando pela cidade, encontraram outro torcedor e rasgaram a camisa que ele trajava justamente porque era uma camisa de um time rival”, disse a delegada.
Torcidas organizadas também serão punidas, diz delegado
O delegado Lucimério Campos afirmou nesta quinta (22) que cada caso de violência será investigado, mas as torcidas organizadas também serão alvo de investigação.
“As entidades também serão responsabilizadas. A defesa da Polícia Civil e da Polícia Militar junto ao Ministério Público é banir essas organizações porque elas não trazem nenhum benefício à sociedade. Elas são consideradas pelas forças de seguranças organizações criminosas”, afirmou o delegado.
“Nenhum torcedor se sente hoje seguro de sair de casa trajando a sua camisa do time de futebol do coração porque pode se deparar com um grupo enfurecido e, sem motivo algum, acabar perdendo a sua vida, o seu patrimônio”, completou o delegado.
O delegado informou que um grupo multidisciplinar, composto por membros da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Ministério Público e da Federação Alagoana de Futebol, tem organizado ações de combate à violência envolvendo torcidas organizadas.
“Estamos fazendo o mapeamento e individualização das torcidas organizadas. Os dirigentes não têm controle das pessoas que são credenciadas nas agremiações, o que deveriam ter”, afirmou o delegado.
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