Análise da UFAL não confirma fenômeno Maré vermelha no Norte de Alagoas; região segue monitorada

Estudo foi feito após quase 300 pessoas buscarem atendimento médico na Barra de Santo Antônio, com sintomas de intoxicação. Causa ainda é desconhecida. A Universidade Federal de Alagoas (UFAL) divulgou, nesta terça-feira (6), o resultado da análise feita em amostras de água coletadas em trechos da praia de Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte do estado. As amostras analisadas não confirmaram a presença de organismos que provocam o fenômeno da Maré Vermelha.
Porém, o pesquisador Emerson Soares informou que as amostras foram coletadas em um período após o alerta emitido pela prefeitura da cidade, quando quase 300 pessoas deram entrada nas unidades de saúde com sintomas de intoxicação, que podem ter sido provocados pelo fenômeno. As coletas foram feitas entre 24h e 48h após os relatos.
“Realmente o fator tempo foi determinante para não encontrarmos grande quantidade dos organismos que provocam a maré vermelha. Se tivéssemos sido avisados do problema no dia do evento, conseguiríamos ter dados mais robustos”, explicou o professor.
Além do tempo, o laudo também aponta que “a atividade hidrodinâmica, como correntes e marés, após os sintomas aparecerem no ambiente e na população, foram determinantes para o fenômeno dissipar e não ser possível a conclusão de qual espécie pode ter causado o problema”.
O pesquisador informou que a investigação continua e a área segue em monitoramento até que se possa ter certeza do que provocou os sintomas nas pessoas
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“Eu trabalho com toxinas há mais de 10 anos as características não batem totalmente. Entre as explicações estão a toxina de algum organismo como um molusco chamado Criseis, toxinas de algas vivas exótica, um cnidário que lança toxina, ou mesmo a Maré Vermelha. Vamos ter que investigar a fundo”, disse Emerson.
Na quinta-feira (1º) centenas de pessoas procuraram atendimento médico sintomas como enjoo, dor de garganta, dor de estômago, tosse, coriza, obstrução nasal e sinais de conjuntivite. Um trecho da praia precisou ser interditado e um alerta foi emitido. O fenômeno, conhecido como “maré vermelha”, foi registrado na Praia de Ipojuca, no litoral pernambucano, na quarta-feira (31).
“Nós temos que entender e saber o que está acontecendo. Não devemos parar enquanto não soubermos o que está ocorrendo, enquanto não tivermos certeza do que foi realmente. Vamos investigar. Mobilizei uma equipe com engenheiros químicos que trabalham comigo em parceria, para entender”, finalizou o pesquisador.
Oceanógrafo explica a formação da Maré Vermelha no Litoral de Alagoas
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