Mineradora não entrou em acordo para pagar indenização dos proprietários dos imóveis que foram incluídos nas novas áreas de monitoramento por causa do afundamento do solo. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação na 3ª Vara Federal em Alagoas, na tarde desta quarta-feira (13), pedindo o bloqueio de R4 1 bilhão de verbas da Braskem para o pagamento das indenizações dos proprietários dos imóveis que foram incluídos nas novas áreas de monitoramento por causa do afundamento do solo.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
O g1 entrou em contato com a Braskem, mas não havia obtido resposta até a última atualização dessa reportagem.
Também fazem parte da ação a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). O pedido foi feito após a audiência de conciliação frustrada com a Braskem que terminou sem acordo com a mineradora.
Os imóveis que estão na área de monitoramento não estão com ordem de evacuação e é o que argumenta a Braskem para não cumprir a decisão. A Justiça determinou a indenização dos imóveis um dia após o alerta do risco de colapso na mina 18.
Clique aqui para se inscrever e receber no seu WhatsApp as notícias do g1 📲
Além do bloqueio das verbas, a petição apresentada pelos órgãos também cita que:
em caso de persistência da Braskem quanto ao descumprimento da ordem judicial, o reconhecimento da litigância de má-fé e configuração de ato atentatório à justiça, bem como o encaminhamento dos autos ao MPF, para adoção de providências quanto ao crime de desobediência;
aplicação de multa diária ao presidente da Braskem, no valor de R$ 50 mil por dia, em caso de persistência do descumprimento da ordem judicial.
As instituições pediram que o trâmite processual da Ação Civil Pública (ACP) do mapa v5 “fosse acelerado, aproveitando os termos do acordo de indenização, de dezembro de 2019, iniciando-se já na fase de audiência de instrução, com a indicação de testemunhas”.
LEIA TAMBÉM:
INFOGRÁFICO: Entenda o risco de colapso das minas da Braskem
Veja como era e como ficou o local da mina 18 após o colapso
A atualização inclui imóveis que estão em parte do Bom Parto, da rua Marquês de Abrantes e da Vila Saem, além de imóveis no bairro do Farol, todos na área de monitoramento, sem ordem de evacuação, cuja realocação é opcional. A decisão, no entanto, não inclui os moradores das comunidades dos Flexais, que cobram a realocação.
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
Veja mais notícias da região no g1 AL
MPF ajuíza ação para bloquear R$ 1 bilhão da Braskem para indenizar vítimas da mineração em Maceió
Bookmark the permalink.