Dono de depósito que explodiu em Maceió é indiciado por cinco crimes e polícia pede prisão preventiva


Moisés Lanza Lopes confessou à polícia que não tinha autorização para armazenar o material e chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto após pagar fiança. Explosão aconteceu em março. Imagens mostram destruição após explosão de depósito de fogos de artifício em Maceió
Reprodução/Vídeo
A Polícia Civil de Alagoas indiciou e pediu a prisão do empresário Moisés Lanza Lopes, nesta segunda-feira (24). Ele é proprietário de um depósito de fogos de artifícios que explodiu no bairro de Guaxuma, em Maceió, e deixou uma pessoa ferida. Até o momento ele não foi localizado.
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Logo após a explosão, o empresário confessou à polícia que não tinha autorização para armazenar o material e chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto após pagar fiança.
Lanza foi intimado duas vezes, mas não se apresentou à polícia. O delegado Robervaldo Davino, que investiga o caso, informou que, como ele está em local incerto e não sabido, decidiu pedir a prisão preventiva dele. O delegado disse que precisa de algumas informações que só o empresário pode dar.
“Durante o inquérito nós precisávamos dele para que tirasse algumas dúvidas. Todas as pessoas envolvidas foram ouvidas, algumas prestaram declarações e outras depoimentos, e ele não compareceu. Por diversas vezes nós tentamos que ele viesse aqui [na delegacia] para tirar algumas dúvidas. Primeiro para saber se era uma fábrica ou se era apenas depósito, para saber quem era funcionário dele ou se não tinha funcionário. Temos informes que no dia do acidente tinha cinco pessoas trabalhando lá e saiu um ferido”, disse Davino.
“Até hoje não temos nenhuma satisfação por parte dele. Nós achamos por bem representar pela prisão preventiva dele para que ele responda na Justiça, já que ele não quis dar nenhuma satisfação à polícia”, informou o delegado.
Lanza foi indiciado pelos crimes de explosão, incêndio em mata, poluição, armazenamento de produtos nocivos à saúde e funcionamento de estabelecimentos poluidores sem licença ou autorização. A polícia ainda aguarda o resultado do laudo técnico do Corpo de Bombeiros.
A explosão aconteceu em março em uma área de mata próximo à Rota do Mar, entre os bairros de Benedito Bentes e Guaxuma, mas foi tão forte que foi ouvida em outros bairros. Muita gente em diversos pontos da cidade gravou a imensa coluna de fumaça que se formou e pequenas explosões de fogos depois da explosão principal. Vídeos gravados no local mostram a destruição deixada pelas explosões (veja abaixo).
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