Funcionária de hospital em Maceió é suspeita de intermediar adoção ilegal de bebê


Segundo a denúncia, servidora retirou criança da unidade e a entregou para ser adotada por uma família sem passar por processo judicial. Funcionária de hospital em Maceió é suspeita de intermediar adoção ilegal de bebê
Uma funcionária do Hospital da Mulher, em Maceió, foi afastada do trabalho por suspeita de envolvimento na adoção ilegal de um bebê que nasceu na unidade. Em nota, a Secretaria da Saúde de Alagoas (Sesau) confirmou neste sábado (13) o afastamento da servidora (leia a íntegra mais abaixo).
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A Polícia Civil investiga a denúncia feita pelo Conselho Tutelar da 2ª região de Maceió de que uma recém-nascida foi retirada do hospital ilegalmente e entregue a uma família de Olho D’Água das Flores, no Sertão de Alagoas.
“Ao receber essa denúncia, o próprio hospital acionou a Delegacia de Crimes contra a Criança, conduziu a funcionária à delegacia. A família que estava de posse da criança também foi ouvida na delegacia”, afirmou a conselheira tutelar Maria Eunice Cerqueira.
A mãe da menina relatou ao Conselho Tutelar que só soube que estava grávida quando deu entrada no hospital para dar à luz e que, quando manifestou no hospital a vontade de fazer a entrega voluntária da bebê para adoção após o parto, que é permitida por lei, desde que se cumpra a lei.
A mulher disse que foi abordada por uma funcionária do hospital e aceitou entregar a filha para uma família que não conhecia, mas que se arrependeu dias depois e procurou o Conselho Tutelar.
Segundo a denúncia, a enfermeira retirou a criança ilegalmente do hospital, sem nenhum conhecimento da Justiça, e a entregou a uma família, o que é configurado adoção ilegal. O Conselho Tutelar encontrou a criança com essa família na sexta-feira (12).
Nota da Sesau
A Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) informa que está apurando a informação de que uma servidora pode estar envolvida em um caso de adoção ilegal após um parto dentro do Hospital da Mulher.
Inicialmente, a funcionária foi afastada das funções enquanto o caso está sendo investigado. Demais medidas administrativas poderão ser tomadas diante dos desdobramentos da apuração da Polícia Civil.
Vale acrescentar que a Sesau adotou todas as providências para garantir a transparência e integridade da investigação, que segue em sigilo para evitar interferências no processo.
Hospital da Mulher em Maceió, adaptado para atender exclusivamente pacientes vítimas da Covid-19, está com 102% dos leitos ocupados
Secom/ Sesau

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