Banhistas devem aguardar 48h após chuvas intensas para entrar no mar; veja trechos impróprios em AL


Recomendação é feita pelo IMA para evitar problemas de saúde. Relatório de balneabilidade das praias é divulgado a cada semana pelo órgão. No período de chuvas há a proliferação de bactérias no mar que ocorre devido ao escoamento de água nas cidades
Ailton Cruz/Jornal Gazeta de Alagoas
Quem quer desfrutar das águas mornas nas praias de Alagoas, deve ficar atento a algumas recomendações, entre elas as condições de balneabilidade, principalmente em dias de sol e chuva alternados. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) recomenda que os banhistas aguardem o período de 48h após um período chuvoso, para entrar no mar, mesmo que esteja em dia de sol forte.
A instabilidade no tempo deve prevalecer em Alagoas no início do verão, com possibilidade de chuvas e pouco sol, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recurso Hídricos (Semarh).
E é justamente no período de chuvas que há a proliferação de bactérias no mar que ocorre devido ao escoamento de água nas cidades, entrando em contato com ambientes infectados, como esgotos com ligação clandestina, transportando o conteúdo até as águas marinhas. Por isso a necessidade de aguardar alguns dias com sol intenso antes de entrar no mar.
“É preciso esperar esse período [48h] para que ocorra a estabilização do local, cesse o fluxo nas galerias de drenagem pluvial e, assim, o contato com essas praias será mais seguro”, disse Ana Karine Pimentel, gerente do laboratório do IMA.
Praias impróprias para banho em AL – Relatório de 22 de dezembro
O banhista pode saber se o mar está próprio ou não para banho através do relatório divulgado semanalmente com a balneabilidade das praias e lagunas do estado. No documento são destacados fatores que determinam se o ambiente é adequado ou não para banho.
Veja aqui o relatório completo do dia 22 de dezembro
A gerente do laboratório também alertou para que as pessoas fiquem atentas às características físicas da água. “O que a pessoa enxerga na hora do banho é um fator relevante. Se está sol e a galeria de drenagem pluvial está fluindo, provavelmente aquilo não é uma condição de chuva. Outros fatores como coloração, cheiro diferente na água e proliferação alterada de algas também devem ser motivo de atenção”, disse ela.
O IMA faz a coleta semanal de água em 70 áreas, sendo 60 ligadas ao mar e 10 às lagunas e rios. Conforme os critérios estabelecidos, uma praia é considerada adequada para banho quando, em um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas no mesmo local, 80% ou mais delas não excedem o limite de 800 NMP (Número Mais Provável) de Escherichia coli por 100ml de água, uma bactéria que normalmente habita o intestino humano.
Quando a qualidade da água não atende aos critérios mencionados ou excede 2.000 Escherichia coli por 100ml, as praias são classificadas como impróprias para banho ou fins recreativos.
Apesar de ser uma bactéria presente no intestino humano, o contato direto com um ambiente aquático contaminado pode causar desde irritações na pele e nos olhos até diarréias, e em casos mais graves, afetar o fígado ou o sistema nervoso central.
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