Delegado esteve no HGE para verificar funcionamento do centro cirúrgico e identificar onde e como aconteceu o erro. Polícia Civil visita Hospital Geral do Estado para entender funcionamento do Centro Cirúrgico, em Maceió, Alagoas
Ascom PC
O delegado Robervaldo Davino, que investiga o caso da idosa que teve a perna amputada por engano no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, disse nesta sexta-feira (12), que não é possível fazer uma reconstituição do dia do procedimento, o que ajudaria nas investigações.
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Para reproduzir o fato, seria necessário fechar a área cirúrgica, e isso inviabiliza o atendimento dos pacientes. “Não é possível, pois teríamos que fechar a ala inteira”, disse Davino.
Uma equipe da Polícia Civil esteve no HGE na sexta-feira (5) para uma visita técnica no Centro Cirúrgico. O objetivo foi fazer o reconhecimento do local. “Foi uma visita técnica, no sentido de entender o funcionamento da área de cirurgia. Estávamos acompanhados pelo Diretor Geral e pelo Diretor Médico”, disse o delegado.
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O Chefe de Serviço da PC, o policial Jorge Mendes, explicou que entendendo como funciona o Centro Cirúrgico do hospital, é possível identificar onde o erro, que levou a amputação da perna da idosa, aconteceu.
“Fomos até as salas onde os pacientes aguardam antes da cirurgia. Vai haver um croqui desses espaços”, disse Jorge Mendes.
A aposentada Maria José, de 73 anos era uma paciente ortopédica e aguardava por uma cirurgia para corrigir uma fratura no tornozelo. Já a paciente que deveria ter a perna amputada era uma paciente vascular.
De acordo com Mendes, a equipe da PC verificou que os pacientes vasculares e ortopédicos estavam aguardando por cirurgias no mesmo local.
“Quem amputou a perna da idosa foi um médico vascular, e na sala de cirurgia deveria também ter um médico ortopédico para avaliar, o que não aconteceu”, disse Mendes.
Os profissionais envolvidos no caso foram ouvidos pela polícia no dia 2 de maio. A direção do HGE informou que a equipe médica, entre eles, um médico vascular, anestesista, circulante (auxiliar de instrumentador) e enfermeira, assumiram a culpa pelo erro. Uma sindicância foi aberta no hospital e cinco profissionais foram afastados.
*Estagiária sob supervisão de Heliana Gonçalves
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