Equipamento usado para medir a movimentação do solo foi levado pela água da lagoa quando a mina se rompeu e um novo foi instalado na região. Prazo anterior para divulgação dos dados era nesta quarta-feira (12), mas coordenador do órgão explicou que sistema precisa passar por calibragem. Foto tirada dois dias antes do rompimento de parte da mina 18 da Braskem, no Mutange, em Maceió, mostra equipamento, no detalhe em vermelho, que monitorava movimentação do solo
g1 AL
A Defesa Civil informou na tarde desta quarta-feira (13) que vai coletar dados por mais 10 dias antes de divulgar os resultados das primeiras análises feitas na área da mina que colapsou em Maceió. Um novo dispositivo foi instalado no início da semana para medir com precisão se o solo no local continua ou não afundando.
O equipamento que fazia esse monitoramento antes do colapso ficava à margem da lagoa Mundaú, mas foi perdido quando o solo se abriu. Em entrevista ao vivo ao AL1, o coordenador da Defesa Civil, Abelardo Nobre, explicou que o equipamento ainda precisa passar por uma calibragem, embora a informação anterior era de que esse resultado seria divulgado hoje.
“A gente precisa de um prazo de 10 dias para que a gente possa ter a informação confiável da movimentação do solo. Esse prazo é para calibrar ele e precisamos de dias de transmissão de dados para que a gente possa ter o processamento deles em forma de um gráfico”, disse.
Ainda de acordo com o coordenador, os dispositivos instalados nas outras 34 minas da Braskem, que não correm risco de colapso, estão funcionando normalmente. A mina e todo o seu entorno estão desocupados desde o primeiro aviso de risco de colapso na região, divulgado no dia 29 de novembro.
“Os outros DGPS [equipamentos que monitoram a movimentação do solo] que estão bem próximos à área têm informação confiável e não apresentam nenhuma anomalia”, afirmou Abelardo Nobre.
Estudo feito por um sonar
O DGPS, que foi instalado na mina na segunda-feira (11), é capaz de medir a movimentação do solo em tempo real. Já a profundidade da cratera que se abriu quando a mina se rompeu deve ser mensurada por um sonar, que não tem previsão para ser instalado na área colapsada.
“A gente precisa de imagens de sonar e ainda não há segurança para fazer isso, nem por embarcação e nem de forma remota. Somente com esse sonar vamos ter a ideia real interna daquele local e a profundidade da mina. É algo que exige tempo, é um fenômeno geológico que impõe risco”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Maceió.
Mina da Braskem se rompe sob a lagoa Mundaú, diz Defesa Civil de Maceió
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