Igreja Matriz de São José completa 100 anos e preserva relíquias em São José da Laje, AL


Igreja preserva características originais da década de 20. Construção ao lado virou símbolo de resistência para os moradores da cidade. Igreja Matriz de São José, em São José da Laje, AL
Reprodução/TV Gazeta
A Igreja Matriz de São José, na cidade de São José da Laje, no interior de Alagoas, tem 100 anos de existência. Começou a ser construída em 1923, pelo coronel Carlos Lyra, figura ilustre do município. Ela fica no centro da cidade, às margens do rio Canhoto e preserva relíquias.
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Com a morte do coronel, um ano após o início da construção, a família dele se comprometeu a dar continuidade ao projeto. A igreja tem estilo europeu. Em 1929 houve a celebração da primeira missa.
“Na época já existia uma capela, depois igreja. Quando passou a ser paróquia, o Padre Xavier, que era o vigário naquele tempo, achou que com o aumento dos fiéis católicos, São José merecia uma igreja maior, uma matriz realmente dedicada ao santo. E percebeu que só ele como padre e a população, a construção seria demorada. Então ele e mais quatro pessoas, foram até a Usina Serra Grande e pediram apoio ao coronel Carlos Lyra e tiveram apoio total”, conta Angélica Lyra, bisneta de Carlos Lyra.
Algumas imagens tem origem francesa, o mármore foi trazido da Itália. Mas alguns itens são locais, como os tijolos, fabricados na Usina Serra Grande, que deu origem à cidade. A madeira foi retirada da mata nativa. A mão-de-obra também foi local na época da construção.
Uma das relíquias que fazem parte do acervo religioso é um órgão francês, um modelo único no Brasil. “Nós tínhamos pessoas que tocavam. As [músicas das] missas tudo era tocado aqui. Até a acústica dessa igreja foi preparada para o canto religioso”, explica a bisneta do fundador.
Órgão francês é uma das relíquias da Igreja Matriz de São José da Laje
Reprodução/TV Gazeta
Quem visita o lugar pode conhecer também uma construção que fica ao lado da igreja matriz, chamada de Castelinho. Moradores antigos contam que no local já existiu uma casa que foi arrastada pela cheia do rio Canhoto, em 1969. Restaram apenas dois cômodos do imóvel, que os moradores consideram até os dias atuais como símbolo de resistência. O Castelinho tem conseguido se manter de pé após quatro grandes enchentes registradas na cidade.
A construção é local de visitação para quem chega na cidade. As pessoas podem entrar no local, subir até o primeiro andar e apreciar a vista do rio Canhoto.
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