Bienal do Livro de Alagoas: primeiras atrações são divulgadas


Ailton Krenak e Itamar Vieira Junior estão confirmados. Evento gratuito vai acontecer de 11 a 20 de agosto, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no Jaraguá. Ailton Krenak e Itamar Vieira Jr foram confirmados na Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Globonews e Adenor Gondim
Dois dos autores de maior destaque da literatura brasileira contemporânea foram confirmados na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas: Ailton Krenak e Itamar Vieira Junior. O evento é gratuito e vai acontecer entre 11 e 20 de agosto no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no Jaraguá, em Maceió.
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Krenak é referência na luta pela preservação dos direitos dos povos indígenas. Em seus livros, ele aborda os principais problemas socioambientais da contemporaneidade. Itamar é vencedor do prêmio Jabuti (2020) e é o escritor brasileiro vivo mais lido e mais vendido atualmente no país (saiba mais sobre os autores mais abaixo).
A programação do maior evento cultural e literário de Alagoas ainda não foi divulgada. Nomes de outros autores que também vão comparecer ao evento ainda serão informados.
O patrono da Bienal este ano é o cineasta alagoano Cacá Diegues. Membro da Academia Brasileira de Letras, Diegues dirigiu obras como “Xica da Silva” e “Quando o Carnaval Chegar”. Aos 82 anos, o cineasta está envolto às gravações de seu 20º filme intitulado Deus Ainda É Brasileiro, um spin-off do sucesso Deus É Brasileiro (2003).
Este ano a Bienal vai homenagear o alagoano Jorge de Lima, que completaria 130 anos em 2023. Nascido em União dos Palmares e formado em Medicina, Jorge de Lima deixou uma importante contribuição tanto para o campo das artes, quanto para a área da saúde.
A Bienal é realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pelo Governo de Alagoas e conta com o apoio de instituições como o Sesc e o Sebrae.
Saiba mais sobre autores confirmados na Bienal
Ailton Krenak
Ailton Krenak está confirmado na Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Divulgação
Nascido em Minas Gerais no ano de 1953, Ailton Krenak é ativista, ambientalista, escritor e líder indígena. O autor é graduado em jornalismo e é produtor gráfico. Em seus livros, ele compartilha opiniões e reflexões dos principais problemas socioambientais da contemporaneidade.
No final dos anos 1980, Krenak se dedicou ao ativismo e articulação de ações em prol do movimento indígena, fundando a União das Nações Indígenas (UNI), que buscava representar os interesses dos povos em âmbito nacional. Ele também integrou a Aliança dos Povos da Floresta, que desejava a demarcação de reservas naturais da Amazônia.
Krenak é autor de livros como “Ideias para Adiar o Fim do Mundo” (2019) e “A Vida não é Útil” (2020). Ele também se tornou voz ativa na luta pelo reconhecimento e visibilidade do impacto que a pandemia da Covid causou nas comunidades indígenas através do livro “O Amanhã não está à Venda” (2020). Recentemente, lançou “Futuro Ancestral” (2022), obra composta por textos elaborados entre os anos de 2020 e 2021 e explora a ideia de futuro.
O ambientalista se tornou referência na luta pela preservação dos direitos dos povos indígenas. Em 2017, ele ganhou um documentário contando sua vida e obra de nome “Ailton Krenak e o sonho de pedra”, do diretor Marco Altberg.
Em 2020, foi consagrado com o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, que premia aqueles escritores e escritoras que tenham publicado livros de alcance nacional em quaisquer áreas do conhecimento e, consequentemente, tenham contribuído para o desenvolvimento do país e da democracia.
Itamar Vieira Junior
Itamar Vieira Junior está confirmado na Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Arquivo Pessoal
Nascido em Salvador, em 1979, Itamar Vieira Junior é geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com pesquisa sobre a formação das comunidades quilombolas no interior do Nordeste.
Na adolescência, o escritor também morou em Pernambuco e, anos mais tarde, em São Luís. Começou a estudar geografia na UFBA e foi o primeiro aluno a receber a Bolsa Milton Santos, destinada a jovens estudantes negros de baixa renda.
Além de “Torto Arado”, também é autor do livro de contos “Dias” (2012) e “A Oração do Carrasco” (2017), “Doramar ou a Odisseia: Histórias” (2021) e o mais recente lançamento “Salvar o Fogo” (2023).
Um de seus maiores sucessos de público e de crítica, “Torto Arado” (2018) é um romance narrado no sertão da Bahia e conta a história das irmãs Belonísia e Bibiana. Elas encontram uma faca de sua avó escondida numa mala misteriosa de cor vermelha. No decorrer do livro, uma delas tem a língua cortada e isso as une para sempre.
O livro foi surpreendido pelo Prémio LeYa em 2018, antes mesmo de fazer ser enviado para uma editora. A premiação, inclusive, fez com que a relação de Itamar com a literatura mudasse quase que radicalmente. O baiano também foi vencedor do Prêmio Jabuti por melhor romance e Oceanos-Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa, ambos em 2020.
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