Entenda como será a demolição dos imóveis nos bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió


Plano que detalha o que será feito nas áreas desocupadas consta no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) apresentado em audiência pública nesta quarta-feira (3). Relatório de impacto ambiental dos locais atingidos pelo afundamento do solo é apresentado
Foi apresentado em audiência pública nesta quarta-feira (3) o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) que detalha o plano para demolição dos imóveis desocupados nos cinco bairros afetados pelo afundamento de solo em Maceió.
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Desde que começaram a surgir rachaduras nas áreas afetadas, ainda em 2018, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser desocupados. A Braskem criou um Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação em 2019 para indenizar essas. Até então, já foram pagas mais de 16 mil indenizações.
O que você vai encontrar nessa matéria (clique no tema para ir para o trecho específico):
O que consta no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?
Como a área de demolição foi dividida?
O que já foi demolido?
Quando começam as demolições?
Em quantas fases as demolições vão acontecer?
Qual vai ser o método utilizado para demolições?
Qual vai ser a sequência de demolições?
A Braskem podem construir na área de demolição?
O que será feito na região após as demolições?
1. O que consta no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?
O RIMA apresenta de forma resumida as atividades que compõem o processo de demolição, área de intervenção, planejamento das ações, áreas de influência, caracterização ambiental, impactos ambientais previstos e programas socioambientais propostos.
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2. Como a área de demolição foi dividida?
Área de demolição nos bairros com afundamento de solo em Maceió foi dividida em 11 setores
Reprodução/RIMA
As áreas dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Farol e Bom Parto foram divididas em 11 setores, com o objetivo planejar de forma adequada a execução das atividades de demolição e garantir a segurança das pessoas e proteção do meio ambiente. Veja abaixo:
M1 – Mutange 1
M2 – Mutange 2
P1 – Pinheiro 1
P2 – Pinheiro 2
P3 – Pinheiro 3
F1 – Farol 1 |
BP1 – Bom Parto 1
B1 – Bebedouro 1
B2 – Bebedouro 2
B3 – Bebedouro 3
No mapa consta ainda uma área identificada como Zona Especial de Preservação Cultural (ZEP), contendo 46 imóveis do Bebedouro que não serão demolidos devido ao interesse histórico e Unidades Especiais de Preservação Cultural (UEPs). Quaisquer intervenções nessas edificações dependerão de prévia autorização dos órgãos competentes.
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3. O que já foi demolido?
Somente imóveis com risco de desabamento foram demolidos de forma emergencial. A demolição das edificações que não estão sob risco eminente de desabar precisam seguir o plano proposto no RIMA.
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4. Quando começam as demolições?
Não há data para o início das demolições. As atividades serão realizadas no prazo de 36 meses, mas somente após a liberação das licenças dos órgãos competentes.
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5. Em quantas fases as demolições vão acontecer?
As atividades de demolição dos imóveis estão divididas em 3 fases:
Fase 1 – Atividades de Pré-Demolição
Fase 2 – Demolição
Fase 3 – Atividades de Pós-Demolição
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6. Qual vai ser o método utilizado para demolições?
A demolição será realizada de forma controlada, por seções das estruturas e de forma progressiva, buscando manter a estabilidade do restante da estrutura, evitando o desabamento descontrolado. Será priorizada a utilização de escavadeira de braço longo (High Reach). Não será realizada a implosão controlada nem o uso de explosivos de quaisquer naturezas.
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7. Qual vai ser a sequência de demolições?
Demolições de edificações de 1 (um) a (quatro) pavimentos
Demolições de edificações de 5 (cinco) a 6 (seis) pavimentos
Demolições de edificações acima de 6 (seis) pavimentos
A divisão foi pensada para favorecer a mobilidade no entorno dos bairros de Pinheiros, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol. O avanço das demolições será priorizado no sentido das bordas para o centro da área, conforme mostrado na imagem abaixo:
Imagem mostra que demolições nos bairros com afundamento de solo em Maceió serão realizadas de fora para dentro
Reprodução/RIMA
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8. A Braskem podem construir na área de demolição?
Não. As demolições dos imóveis desocupados estão previstas no Termo de Acordo Socioambiental firmado com o Ministério Público Federal, com participação do Ministério Público do Estado de Alagoas.
Nesse mesmo acordo, a Braskem se comprometeu a não construir nas áreas desocupadas, seja para fins comerciais ou habitacionais (fábricas, comércio, residências, condomínios e outros) enquanto perdurarem os efeitos do fenômeno geológico. Qualquer alteração sobre essa determinação das autoridades terá que ser permitida pelo Plano Diretor do Município.
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9. O que será feito na região após as demolições?
Será executada a proteção do solo desnudo por meio de implantação de cobertura vegetal, dentro das áreas que foram demolidas. A aplicação da camada de cobertura vegetal será feita por meio do processo de hidrossemeadura aplicado nas áreas, com sementes de espécies adaptáveis ao solo local.
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