Integrantes da CPI do MST visitam Alagoas para apurar denúncias de irregularidades no processo de reforma agrária no estado


Comissão investiga possíveis crimes praticados por líderes do Movimento Sem Terra, que estariam recebendo verba pública indevidamente. MST aponta a instauração da CPI como uma tentativa de criminalizar o movimento. CPI do MST investiga denúncias de irregularidades na reforma agrária em Alagoas
Integrantes da CPI do MST estão em Alagoas para investigar denúncias de irregularidades no processo de reforma agrária no estado. Diligências estão sendo feitas nesta sexta-feira (11) em assentamentos da capital e do interior para apurar possíveis crimes praticados por líderes do movimento e autoridades públicas.
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“Nós recebemos algumas informações importantes da relação existente entre organização do Movimento Sem Terra e o patrocínio através de verbas públicas indevidamente destinadas a essas ações. Há uma gama de itens que nós queremos verificar”, disse o presidente da comissão, tenente- coronel Zucco (Republicanos-RS).
CPI do MST Alagoas
Divulgação
Além de Zuco, também estão em Alagoas outros dois integrantes da CPI do MST, o deputado federal Delegado Fábio Costa (PP-AL) e o relator, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). A comitiva afirma que teve acesso a documentos que comprovam que o Estado tem financiado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
“Nós recebemos diversas denúncias anônimas, denúncias de graves condutas que estão sendo praticadas pelo poder público, inclusive pelo poder público estadual. O Governo de Alagoas e o Governo Federal têm realizado o financiamento desses movimentos, é o que nós vamos tentar comprovar”, afirmou o deputado federal Delegado Fábio Costa.
Em vídeo divulgado pela coordenação do MST, Débora Nunes, integrante do movimento, destacou a importância do papel da reforma agrária no país e apontou a criação da CPI como uma forma de criminalizar o Movimento Sem Terra.
“Essa CPI tem como único objetivo criminalizar o movimento e acuar o Governo Federal para que não avance na pauta da reforma agrária. Nossa expectativa em relação a essa diligência é poder apresentar e debater com os deputados o papel da reforma agrária no Brasil e apresentar a eles todas as nossas dificuldades. Mostrar o potencial que a reforma agrária tem no enfrentamento à fome e à miséria”, disse.
O g1 entrou em contato com o Governo do Estado para comentar a suspeita investigada pela CPI. Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia resposta.
Comissão foi formada para apurar irregularidades Movimento Sem Terra
Divulgação
No dia 14 de junho, a sessão da CPI do MST aprovou os requerimentos de diligência no seguintes assentamentos localizados em Atalaia, no interior alagano:
Ouricuri I
Ouricuri II
Ouricuri III
Antes de seguir para esses assentamentos, a comitiva fez uma visita técnica ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), em Maceió.
Na quinta-feira, Salles disse que a comissão deve encerrar os trabalhos já na próxima semana, apesar de o prazo final dos trabalhos estar previsto para 14 de setembro.
Integrantes da CPI estão em Alagoas para investigar assentamentos
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