Diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e para o sucesso do tratamento. Na capital, a testagem é feita gratuitamente nos Centros de Orientação e Tratamento. Hospital Universitário oferece testagem para hepatites
Julho é o mês de conscientização e de combate às hepatites virais, infecções que atingem o fígado e podem evoluir de forma silenciosa para doenças mais graves. Em Maceió, todas as unidades de saúde fazem a testagem da doença durante o ano todo, mas nesta quarta-feira (26), uma tenda vai ser montada na Rua Pedro Monteiro, no centro da cidade, para realizar os testes.
“A campanha tem como foco principal a erradicação das hepatites B e C, que evoluem para a forma crônica e têm potencial evolução para cirrose e para câncer de fígado. Elas podem evoluir até a necessidade do transplante hepático”, explica a médica hepatologista Leia Tojal.
Hepatite é a segunda maior doença infecciosa letal do mundo (a primeira é a tuberculose). As principais causas da doença são os vírus, mas alguns medicamentos, o consumo excessivo de álcool e doenças autoimunes também podem desencadeá-la.
Há seis tipos de hepatites, cada uma delas apresenta diferentes sintomas e formas de transmissão (veja lista mais abaixo). Em Maceió, a campanha de conscientização e combate às hepatites virais é focada nos dois tipos mais graves da doença.
Na capital, além de testar, 3 locais também fazem o tratamento da doença
Hospital Universitário (Tabuleiro do Martins)
Hospital Escola Dr. Helvio Auto (Trapiche)
Pam Salgadinho (Centro)
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e para o sucesso do tratamento. Por isso, Tojal alerta para a importância da testagem
“Muitos alagoanos são portadores e não sabem que são portadores. [As hepatites] atingem aproximadamente 0,5% da população, esse é um número bastante representativo. E somente um percentual muito pequeno foi tratado”, revela Tojal.
Testagem para hepatite é realizada em vários pontos de Maceió
Prefeitura de Santos
Transmissão, sintomas e tratamento para cada tipo de hepatite viral
Hepatite A
Transmissão: contato com água ou alimentos contaminados, comum em locais com más condições sanitárias.
Sintomas: nem sempre apresenta sintomas, apenas nos quadros agudos. Entre os principais estão dor abdominal, diarreia, náusea, vômito, intolerância a cheiros, pele e olhos amarelados, urina escura, fezes claras, mal estar e dor no corpo.
Tratamento: na maioria dos casos, a doença se cura sozinha, em uma ou duas semanas, e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. O tratamento inclui repouso, dieta e evitar o consumo de bebida alcoólica.
Há vacina disponível gratuitamente contra a hepatite A para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias) nas unidades básicas de saúde, e para grupos de risco. Para os demais indivíduos, a imunização está disponível em clínicas e laboratórios privados.
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Além disso, é importante lavar bem os alimentos antes de consumi-los, não comprá-los em qualquer lugar, só beber água limpa, ter atenção à água que usará para cozinhar e cuidar da higiene pessoal.
Hepatite B
Transmissão: contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam e de mãe para filho no parto.
Sintomas: apresenta formas agudas (cerca de 10% das ocorrências) quando há sintomas como dor abdominal, urina escura, fadiga e náuseas. Há também a forma crônica (quando o vírus persiste no organismo por mais de seis meses).
Tratamento: o SUS oferta tratamento com medicamentos antivirais e controle da doença, para que não evolua para cirrose e câncer de fígado.
Há vacina disponível gratuitamente contra a hepatite B. Para as crianças, são quatro doses (ao nascer, 2, 4 e 6 meses) e, para os adultos, três doses a depender da situação vacinal. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou o vírus HIV precisam de um esquema especial, com dose em dobro. nas unidades básicas de saúde, e para grupos de risco.
Hepatite C
Transmissão: contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam e de mãe para filho no parto.
Sintomas: cansaço, dores articulares, icterícia e perda de apetite.
Tratamento: o SUS oferece tratamento com o uso de antivirais de administração oral que dura de três meses a um ano e tem excelentes chances de cura, passando de 95%.
Por não ter vacina, a melhor forma de se prevenir é não compartilhar objetos de uso pessoal e cortantes ou perfurantes, usar preservativo e, ao se submeter a qualquer procedimento, certificar-se de que os materiais usados são esterilizados e os descartáveis não estão sendo reaproveitados.
Hepatite D
Transmissão: apenas em pessoas já infectadas com Hepatite B.
Sintomas: a infecção pode ser tanto aguda quanto crônica e os sintomas são semelhantes aos da Hepatite B.
Tratamento: tem duração de três meses a um ano e controle, evitando a evolução para cirrose e câncer.
A melhor forma de se prevenir contra a hepatite D é não contrair a hepatite B, tomando a vacina.
Hepatite E
Transmissão: água ou alimentos contaminados, comum em locais com más condições sanitárias.
Sintomas: cansaço, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, fezes claras, urina escura e pele e olhos amarelados.
Tratamento: na maioria dos casos, não necessita de tratamento, sendo indicado apenas repouso, dieta e não consumir bebida alcoólica. Há o risco de cronificar em pessoas imunodeprimidas e transplantados.
Por não ter vacina, a melhor forma de se prevenir é lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem os alimentos e não ter contato com água de valões, riachos, chafarizes, enchentes e esgoto.
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