Cai para 692 o nº de pessoas fora de casa por causa das chuvas em AL; mais da metade são de Maceió


Estado chegou a ter mais de 25 mil desabrigados e desalojados. Capital registrou 1.630 pessoas fora de casa no período mais crítico. Famílias que tiveram que sair de casa por causa das chuvas cobram assistência em Maceió
Caiu para 692 o número de pessoas desalojadas e desabrigadas nas cidades de Alagoas inundadas por causa da chuva, mas Maceió ainda é a cidade com mais desabrigados, com 400 pessoas fora da casa. O balanço atualizado foi divulgado na manhã deste sábado (15) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
Penedo é o segundo municípios com mais pessoas fora de casa. São 203, sendo 182 desalojados e 21 desabrigados.
Saiba como fazer doações para as vítimas das chuvas
LEIA TAMBÉM
Governo federal libera R$ 280 milhões para estados atingidos por chuvas
Fechamento de abrigos em Maceió
Abrigo para vítimas das chuvas em Maceió
Reprodução/TV Gazeta
A Prefeitura de Maceió decidiu fechar abrigos, mas vítimas das chuvas dizem que não têm para onde ir. Sete abrigos foram abertos para acolher famílias que tiveram que sair de casa por causa das enchentes. Capital chegou a ter cerca de 1.630 desabrigados e desalojados no período mais crítico.
A casa da marisqueira Talía dos Santos, no Vergel do Lago, foi invadida pelas águas da Lagoa Mundaú e ela precisou ir para o abrigo montado pela Prefeitura de Maceió na Escola Municipal Rui Palmeira, mas teve que deixar o local após o abrigo fechar.
“Á agua baixou e eles falaram que a gente deveria voltar. Só que aí destruiu [a casa]”, disse a marisqueira, que é uma das 400 pessoas desabrigadas na capital.
Outras pessoas que também ficaram no abrigo disseram que ficaram sem comida, sem água e sem atendimento médico após a prefeitura suspender a assistência no abrigo.
Em visita ao abrigo, o Ministério Público Estadual (MP-AL) e a Defensoria Pública classificaram a situação como degradante. Os órgãos disseram que a privação de água e comida para que as famílias deixem o abrigo pode implicar responsabilização de gestores e secretários.
“Não é razoável se privar pessoas que já estão privadas de tudo. Já não têm habitação. Já não têm saúde. Já não têm educação. Neste momento, precisam pelo menos sobreviver”, disse a promotora de Justiça Karla Padilha.
O defensor público Isaac Souto disse que a prefeitura informou que muitas famílias no abrigo já poderiam voltar para casa, mas ele afirma que os casos não foram analisados individualmente.
“A resposta não foi satisfatória. Realmente, não houve essa confirmação de que foi verificado que eles teriam condições de voltar para sua habitação natural e restabelecer o estado natural à enchente.
Em nota, a prefeitura informou que prestou toda assistência às famílias desde a retirada da zona de risco até o retorno às casas, que está liberado pela Defesa Civil desde a quarta-feira (12), após cessado o alerta de inundação e alagamentos.
O Município ressaltou que nos casos pontuais em que o imóvel ainda apresente risco após avaliação da Defesa Civil, as famílias serão encaminhadas ao aluguel social, benefício já pago a 3 mil famílias da capital, cujo os novos cadastros já estão sendo analisados.
Reforçou ainda que, no entanto, a importância de que essas famílias busquem casas de parentes até a liberação do aluguel ou aceitem ser levadas à Casa de Passagem Familiar, em Jaraguá, uma vez que os abrigos são provisórios e funcionam em escolas, prejudicando o ano letivo de milhares de estudantes.
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
Veja mais notícias da região no g1 AL

Bookmark the permalink.