Acusado de matar homem e fazer outro refém na Pajuçara, Maceió, é condenado a 13 anos de prisão


Kallyl Gomes Lopes Lins foi condenado por homicídio qualificado e cárcere privado. Acusado do crime fez reféns após assassinar vítima
Douglas Lopes/TV Gazeta
A Justiça de Alagoas condenou a 13 anos e 3 meses de prisão o acusado de matar um homem e fazer outro de refém na Pajuçara, em Maceió. O julgamento aconteceu quinta-feira (1º), no Fórum da Capital, mas a informação só foi divulgada nesta quinta (8).
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O crime aconteceu em 31 de janeiro de 2022, na Rua Ouvidor Batalha. De acordo com os autos, o réu, Kallyl Gomes Lopes Lins, ingeriu bebidas alcoólicas e utilizou drogas em uma festa que ocorria na casa de Everton Cleyton Gomes Reis, de onde as armas usadas no crime saíram.
A vítima, identificada como Sérgio Humberto Vieira de Pontes Júnior, teria recebido uma ligação de Kallyl dizendo que estava sendo ameaçado e pedindo que ele fosse até a festa. Quando Sérgio entrou na casa onde a festa estava ocorrendo, Kallyl o atingiu com disparos de arma de fogo.
Kallyl tentou fugir do local e invadiu a residência de Rodrigo Maia Regis. Os vizinhos contaram que a casa foi invadida pela varanda do primeiro andar. Rodrigo foi rendido na frente da esposa e foi mantido refém por mais de 4 horas. Kallyl só se entregou à polícia às 7h20, após negociações com o centro de gerenciamento de crises da Polícia Militar.
Para render e manter Rodrigo refém, Kallyl utilizou duas armas de fogo que estavam na casa onde acontecia a festa. A PM ainda apreendeu cocaína, maconha e 17 comprimidos de Ruphynol da mesma residência.
Kallyl Gomes foi condenado por homicídio qualificado, pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e cárcere privado, e não poderá apelar da pena em liberdade. Everton Cleyton também responde pelo crime de homicídio, porém em outro processo.
Ao calcular a pena, o juiz Yulli Roter apontou a premeditação com a qual o réu cometeu o crime, já que as provas nos autos indicam que a vítima foi convidada por Kallyl para comparecer à festa.
“Para tanto, escolheu o momento para execução, o local em que este ocorreu e o instrumento para a sua efetivação; ou seja, houve pleno domínio da situação”, afirmou.
O magistrado ainda destacou o depoimento de Rodrigo, que teria sequelas por ter sido mantido em cárcere privado.
“Para a vítima, mostrou-se como traumático o tempo em que permaneceu sob o controle do réu, o fato do crime ter sido praticado em sua residência e as condições em que foi mantido privado da sua liberdade”.
Rendição só aconteceu pela manhã
Reprodução/TV Gazeta
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