Casa da morte está sendo investigada. Mãe disse que menina deu entradas na unidade com febre e tosse, mas nenhum exame foi feito. Mãe de bebê que morreu na UPA de Palmeira dos Índios denuncia negligência médica
“É uma dor insuportável porque eu vi minha filha morrer e não pude fazer nada”, esse é o relato de uma mãe que está devastada com a morte da filha de apenas 1 ano. Maria Isis morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, após várias entradas com febre, vômitos e tosse.
Segundo a avó da menina, Maria Isis deu entrada na UPA pela primeira vez na segunda (29) apresentando febre alta, vômitos e cansaço. Após receber atendimento médico e ser medicada, ela foi liberada.
“Na segunda ela foi, medicaram e liberaram. Na terça ela amanheceu com febre e cansada. Minha filha levou ela na UPA. ela estava com 39.9ºC, quando foi meio dia a temperatura estava em 36ºC, o médico liberou. A minha filha pediu para fazer um raio-X, mas o médico disse que não precisava”, disse Cícera da Silva Nunes.
Na quarta-feira a menina foi novamente para a UPA. “Ela estava reagindo bem a dose de diazepam que deram. O médico deu diazepam a ela e disse que ela ia lutar contra o sono e pediu para que eu falasse com ela o tempo todo. Ela tomou outras doses de diazepam com soro, e quando olhei ela estava ficando roxa e gelada. O médico disse que era normal e que isso era a febre saindo do corpo dela e pediu para que eu enrolasse ela. Quando eu peguei ela para trocar de cama, ela estvaa roxa e ela ficou paralisada na minha frente. A médica disse que era normal. Quando eu olhei umas cinco pessoas entraram e me mandaram sair da sala e depois eles vieram dizer que minha filha tinha morrido”, disse a mãe da menina, Maria Alice.
Maria Isis, de 1 ano, morreu após terceira entrada na UPA de Palmeira dos Índios, em AL
Reprodução/TV Gazeta
A mãe disse que espera justiça pela morte da filha. “Eu quero justiça pela minha filha. Se o erro foi deles eu quero justiça”, disse Maria Alice.
A avó da menina disse que a tragédia poderia ter sido evitada. “Como é que fazem medicações e nem fazem exames? Ele poderia ter encaminhado para um hospital com mais recursos. É claro que tudo isso poderia ter sido evitado e minha neta poderia está aqui comigo”, disse Cícera.
O corpo da menina foi sepultado na quinta-feira (1º). Prefeitura informou que determinou que Corregedoria Municipal e a Secretaria Municipal de Saúde apurem a causa da morte da criança. A equipe médica foi afastada até a conclusão da investigação
“A corregedoria esta envolvido as pessoas envolvidas, familiares para ter o melhor entendimento do que aconteceu. O SVO tem ate 30 dias para apontar o laudo da causa da morte. Para que a corregedoria possa juntar as provas e punir, se for o caso, quem teve culpa pela morte da menina”, disse o secretário da Saúde do Município, Jânio Marques.
UPA de Palmeira dos Índios, Alagoas
Reprodução/TV Gazeta
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