Lira defende que governo Lula dê espaço para mais partidos no ministério: ‘o que há de errado nisso?’


Presidente da Câmara afirma que gestão do petista não tem maioria na Câmara e que clima na quarta-feira (31) era para derrubar medida provisória do desenho da Esplanada para dar ‘oportunidade’ de o governo se ‘redesenhar’. Lira defende que governo Lula dê espaço para mais partidos no ministério: ‘o que há de errado nisso?’
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) defendeu que o governo Lula (PT) dê espaço para mais partidos na Esplanada dos Ministérios para poder ampliar sua base parlamentar.
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Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, Lira argumentou que o governo se predispôs a montar uma base parlamentar dando ministérios a partidos como o MDB, ao PSD e ao União Brasil, e que é lógico que essa mesma solução seja dada para outros partidos caso queira aumentá-la.
Arthur Lira dá entrevista ao Estúdio i
Reprodução/TV Globo
“É lógico que, numa conversa entre líderes, parte da articulação política, ou com presidente da República ou com o presidente da Câmara, que essa mesma solução seja dada para outros partidos que ele queria [para] aumentar a base. O que há de errado com isso? O que há de diferente nisso? O que há de estranho nisso?”, questionou Lira durante entrevista ao Estúdio i.
O presidente da Câmara negou, entretanto, que pediu ministérios ou a demissão de ministros específicos. “Pessoalmente, eu não reivindiquei a ninguém, não pedi ninguém, não pedi ministério nenhum, não pedi emenda nenhuma e não pedi a cabeça de ninguém”, afirmou.
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O presidente da Câmara afirmou que o governo hoje não tem maioria Casa e não pode esperar que partidos independentes votem a favor das pautas do Executivo.
Lira afirmou, ainda, que o ambiente na Câmara na quarta-feira (31) era para derrotar a medida provisória (MP) que reorganizou os ministérios, e que havia parlamentares que defendiam derrubá-la “por entender que o governo precisava ter oportunidade, inclusive, de se redesenhar”.
A MP foi aprovada na Câmara no limite do prazo, na noite de quarta-feira (31). A votação em cima da hora se deveu, entre outras coisas, à insatisfação de deputados com a articulação do governo, segundo o próprio Lira.

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