Cofre cheio de dinheiro encontrado pela PF durante operação Hefesto guardava também remédio para impotência sexual


Em meio a notas de real e dólar, que somam cerca de R$ 4 milhões, havia uma caixa e uma cartela de medicação. Segundo fabricante, droga é recomendada para disfunção erétil e tem ‘efeito prolongado’. Remédio para disfunção erétil chama atenção em cofre com dinheiro encontrado pela PF
Uma caixa de remédio dentro do cofre lotado de dinheiro vivo encontrado pela Polícia Federal em um dos endereços alvos da operação Hefesto, nesta quinta-feira (1º), chamou a atenção (veja vídeo acima). O cofre foi encontrado em Maceió.
[CORREÇÃO: o g1 errou ao afirmar, com base nas informações obtidas pela Polícia Federal, que a apreensão do cofre ocorreu em Brasília . A PF retificou a informação, dizendo que a apreensão ocorreu em Maceió. A reportagem foi corrigida às 18h15.]
Na imagem, a câmera registra os maços de dinheiro de cima para baixo. Ao chegar na última prateleira, a câmera flagra uma caixa e uma cartela de Cialis (tadalafila) .
Segundo o fabricante, o medicamento é indicado para tratar disfunção erétil. A droga surgiu depois do Viagra e é conhecida por ter “efeito prolongado”.
Até a última atualização desta reportagem a Polícia Federal não havia informado quem mora no imóvel. A soma do dinheiro encontrado também não foi divulgada, mas a estimativa inicial é de que havia cerca de R$ 4 milhões no cofre.
A operação Hefesto investiga possíveis crimes ocorridos entre 2019 e 2022 na compra dos kits de robótica para 43 municípios no estado de Alagoas com verba do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). Foram cumpridos 27 mandados de prisão, sendo oito no Distrito Federal (saiba mais abaixo).
LEIA TAMBÉM:
VIAGRA: Forças Armadas aprovam compra de 35 mil unidades do medicamento; justificativa é tratamento de hipertensão arterial pulmonar
COMPRA SUPERFATURADA: TCU determina que Forças Armadas devolvam R$ 27,8 mil por compra de Viagra
Operação Hefesto
Dinheiro encontrado durante operação Hefesto, em Brasília
Divulgação
A investigação da Polícia Federal apontou que a licitação para a compra dos kits de robótica para 43 municípios no estado de Alagoas incluía, de forma ilegal, restrições para direcionar os contratos a uma única empresa. Segundo a PF, foram desviados com o esquema R$ 8,1 milhões.
O esquema já era alvo do Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2022 quando determinou ao governo federal a suspensão dos contratos e os repasses para a compra dos kits.
Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão:
16 em Maceió
8 em Brasília
1 em Gravatá-PE
1 em São Carlos-SP
1 em Goiânia-GO
Também foram cumpridos 2 mandados de prisão temporária em Brasília, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.
Além dos mandados, a Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados no valor de R$ 8,1 milhões e a suspensão de processos licitatórios e contratos entre a empresa investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para aquisições de equipamentos de robótica.
O nome dos alvos de prisão ou de busca e apreensão não foram divulgados pela Polícia Federal.
Em abril de 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia determinado ao governo federal a suspensão dos contratos e os repasses de verba para a compra de kits de robótica para escolas de Alagoas.
O motivo da suspensão dos contratos foram indícios de irregularidades na destinação de R$ 26 milhões, pelo Ministério da Educação e o FNDE, para aquisição do material por municípios alagoanos, no valor individual de R$ 14 mil.
Leia mais notícias da região no g1 DF.

Bookmark the permalink.