Polícia Federal investiga denúncias de ameaças a indígenas Kalankó em processo de delimitação de terras em Água Branca, AL


Processo de delimitação das terras dos Kalankó enfrenta clima de tensão e insegurança, com ameaças às lideranças indígenas e ao grupo de trabalho instituído pela Funai. Povo indígena Kalankó vive em Água Branca, Sertão de Alagoas
Arquivo pessoal
A Polícia Federal de Alagoas instaurou, nesta quarta-feira (6), um inquérito para apurar denúncias de ameaças às lideranças dos indígenas Kalankó, do município de Água Branca, no alto Sertão de Alagoas.
Segundo o coordenador regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai-AL), Cícero Albuquerque, a retomada do processo de delimitação das terras dos Kalankó enfrenta um clima de tensão e insegurança, com ameaças às lideranças indígenas e ao grupo de trabalho instituído pela Funai.
“Recentemente, reinstalamos um grupo de trabalho para avançar no processo de delimitação das terras indígenas dos Kalankó. É um processo longo de retomada e reconstituição de uma identidade massacrada durante muito tempo. O povo Kalankó tem estado nessa luta há 25 anos”, afirmou Cícero Albuquerque.
Em reunião ordinária na terça (5), o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou moção de apoio à comunidade Kalankó. A decisão, unânime, também presta solidariedade ao grupo de trabalho instituído pela Funai.
Com a decisão, os conselheiros também apelam ao Ministério Público Federal (MPF), à Superintendência da Polícia Federal e à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Alagoas para que sejam adotadas medidas para garantir a paz social e a segurança na região. O pedido também inclui a garantia das atividades referentes à retomada do processo de delimitação de terras indígenas.
Uma equipe da PF esteve na região de Água Branca na segunda (4) e na terça (5) para realizar diligências preliminares para constatação das ameaças e identificação dos seus autores.
Conforme forem finalizadas as investigações, o inquérito será relatado e remetido ao MPF, a quem cabe apresentar a denúncia e iniciar o processo de responsabilização criminal pelos fatos criminosos apurados.
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