Alagoas registra 24 abalos sísmicos em seis meses, segundo Serviço Geológico do Brasil


Registros foram em 13 cidades no período de janeiro a agosto de 2023. Arapiraca foi a cidade mais afetada, com cinco ocorrências. Órgão considera tremores comuns em todo Nordeste. Um levantamento divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) mostra que Alagoas registrou 24 abalos sísmicos em 13 municípios entre janeiro e agosto de 2023. O último foi no dia 31 de agosto, em Craíbas, no agreste do estado (veja lista de cidades mais abaixo). O órgão informou que monitora o estado em tempo real. Não houve registro em Maceió no período analisado.
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Segundo o SGB, os tremores em Alagoas são comuns na região Nordeste e não preocupam, do ponto de vista dos geólogos. O monitoramento sísmico no estado é feito a partir dos dados das estações sismológicas instaladas no Nordeste, com transmissão de informações em tempo real, contando com as contribuições técnicas e científicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que também integra a RSBR.
Abalos sísmicos em AL – Janeiro a agosto 2023
As ocorrências foram registradas em todos os meses de 2023, sendo:
Janeiro – 3 ocorrências
Fevereiro – 5 ocorrências
Março – 1 ocorrência
Abril – 3 ocorrências
Maio – 1 ocorrência
Julho – 1 ocorrência
Agosto – 10 ocorrências
“Levando em consideração a região, o histórico de ocorrências em Alagoas e por não oferecer qualquer risco aos moradores, não há demanda emergencial que justifique a necessidade de realização de um estudo aprofundado. Todos os eventos registrados em Alagoas são comuns à região, com magnitude inferior a 3,0 graus neste ano”, comenta o pesquisador.
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Magnitude dos tremores
Os tremores em Alagoas são considerados de baixo risco. Eles são avaliados pela Escala Richter, uma das principais formas de medir a intensidade dos abalos sísmicos. A Richter funciona da seguinte forma:
Um tremor menor que 3,5 geralmente não é sentido, mas é gravado por sensores sismológicos;
Já um tremor entre 3,5 e 5,4 às vezes é sentido pela população, mas raramente causa danos;
Entre 6,1 e 6,9 ele pode ser destrutivo em áreas em torno de 100 km do epicentro;
No caso dos tremores classificados entre 7,0 e 7,9, sérios danos podem ser causados numa grande faixa;
Por fim, os terremotos de 8 ou mais podem causar danos graves em muitas áreas, mesmo que estejam a centenas de quilômetros.
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O tremor mais recente, registrado em Craíbas, teve magnitude 2,2 graus na Escala Richter. Nas cidades de Anadia e Atalaia, os abalos chegaram a 1,5 graus. A magnitude máxima foi registrada em Arapiraca e Igreja Nova, com 2,4 graus.
Moradores relatam tremores e casas rachadas em Arapiraca
Um tremor de terra foi sentido pelos moradores de Arapiraca no final da tarde de sexta-feira, 25 de agosto. O tremor atingiu magnitude 2.1. Moradores do do bairro Olho D’Água dos Cazuzinhos, localizado na área considerada epicentro do tremor, perceberam que rachaduras vêm surgindo nas casas desde que sentiram o abalo sísmico na região.
Sobre essa ocorrência, o Serviço Geológico do Brasil esclarece que “não realizou vistoria, avaliação ou acompanhamento técnico com o envio de pesquisadores à cidade, assim como não há qualquer estudo previsto ou em andamento para a região sobre as causas dos abalos, seguindo com o monitoramento dos eventos ali registrados”.
Reforçou ainda que descarta possíveis riscos à população e a necessidade de aprofundar a investigação com a realização de estudos. A Defesa Civil do município deu início a uma inspeção na área, entre a rodovia AL-115 e o residencial Brisa do Lago. Estão previstas visitas técnicas para identificar eventuais consequências do tremor nos imóveis da região, como fissuras e rachaduras relatadas pelos moradores.
Moradores relatam surgimento de rachaduras em casas após tremor de terra em Arapiraca
Reprodução/TV Gazeta
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