Esse tipo de meningite pode ser causada por várias bactérias e afeta pessoas de qualquer idade. Neisseria meningitidis, a bactéria que causa a meningite meningocócica
Wikimedia
A Sociedade Alagoana de Infectologia fez um alerta nesta quarta-feira (13) que o aumento de casos de meningite meningocócica (causada por bactérias) em Maceió já é considerado surto. Segundo a instituição, o número de casos confirmados de doença entre janeiro e julho deste ano já é o dobro do registrado em todo o ano de 2022.
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Em nota, a Sociedade de Infectologia explica que o surto é caracterizado pelo aumento incomum no número de casos da doença em uma área específica e em um período de tempo determinado. O comunicado, entretanto, não detalha os números de casos confirmados de meningite.
A meningite pode ser causada por várias bactérias, mas as principais são: meningococo e pneumococo. A meningite meningocócica em específico é causada pelos meningococos Neisseria meningitidis e pode afetar pessoas de qualquer idade.
Os principais sintomas de meningites bacterianas costumam aparecer em pouco tempo:
Febre alta
Mal-estar
Vômito
Dor forte de cabeça e no pescoço;
Dificuldade para encostar o queixo no peito
Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo (em alguns casos)
Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apontam que de janeiro a junho deste ano, já foram confirmados 21 casos de meningite na capital; em todo o ano passado foram 33.
Nesse mesmo período, em todo o estado, foram registrados 29 casos e 5 mortes pela doença, números acima do que foi registrado no mesmo período anterior, quando foram 24 casos e 4 mortes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Esse aumento de casos preocupa porque é no inverno que cresce o risco de contágio e essa sazonalidade pode refletir diretamente nos números do segundo semestre. A baixa vacinação também tem influenciado no alto índices de contaminação, é o que aponta o infectologista Renee Nascimento.
“A cobertura vacinal está aquém do necessário. A mortalidade tem ligação direta com o acesso tardio do paciente ao sistema de saúde. Por isso é necessário facilitar o acesso as UPAs e garantir vaga zero para os hospitais que tratam meningite. As campanha educativas também são importantes”;
Prevenção contra a meningite
Vacina contra meningite tem disponível na rede pública de saúde
Freepik/Divulgação
Existem três imunizantes no sistema público de saúde que protegem contra a meningite. As vacinas estão disponíveis em todos os postos de saúde de Maceió a qualquer época do ano.
Vacina meningocócica (Conjugada) – protege contra a doença meningocócica causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
Crianças a partir de 2 meses recebem duas doses, sendo a primeira aplicada aos 3 meses de idade e a segunda, aos 5 meses. Também são indicadas 3 doses de reforço, sendo uma entre 12 e 15 meses, outra entre 5 e 6 anos e mais um entre 11 e 12 anos de idade.
Crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, caso não tenham recebido a vacina na infância, são recomendadas 2 doses com um intervalo de 5 anos. Caso tenham tomado pelo menos uma dose antes dos 10 anos, é recomendado uma dose de reforço aos 11 anos ou com um intervalo de pelo menos 5 anos após a última dose.
Entre 20 e 59 anos, apenas uma dose é recomendada e a sua indicação depende da situação epidemiológica.
O Sistema Único de Saúde também oferece vacinas contra outros tipos de meningite:
Vacina pneumocócica 10-valente (Conjugada) – protege contra as doenças causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Como tomar:
Crianças até 5 anos de idade recebem duas doses da vacina, sendo uma aos 2 e outra aos 4 meses, seguidas de um reforço aos 12 meses de idade
Pentavalente – protege contra as doenças causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Como tomar:
Crianças a partir de 2 meses de idade recebem 3 doses, que são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses. Também pode ser indicado um reforço entre 12 e 18 meses de idade.
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Aumento de casos de meningite meningocócica em Maceió é considerado surto pela Sociedade Alagoana de Infectologia
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