Empresário que atropelou ciclistas em Arapiraca se entrega à polícia e é preso

Justiça havia decretado a prisão preventiva de Edson Lopes da Rocha na sexta-feira (19). Vítimas são o policial militar Gheymisson Porto e a noiva dele, Cibelly Soares, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Câmera de segurança flagrou momento em que soldado Cibelly e o noivo são atropelados em Arapiraca
Reprodução
O empresário que atropelou dois ciclistas na AL-220, em Arapiraca, se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (24). As vítimas são o policial militar Gheymisson Nascimento Porto e sua noiva, a também policial militar Cibelly Barboza Soares, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
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O acidente aconteceu no dia 14 de outubro, no Sítio Bom Jardim, zona rural de Arapiraca, e foi registrado por uma câmera de segurança. As imagens mostram o momento exato em que uma caminhonete atinge os dois ciclistas (veja ao final do texto).
Edson Lopes da Rocha já havia se apresentado à Polícia Civil dias depois do acidente, mas foi liberado após prestar depoimento. Na sexta (19), a Justiça decretou a prisão preventiva de Edson por entender que ele é um empresário influente na região e isso pode dificultar os depoimentos de testemunhas.
Em nota, a defesa do empresário informou que ele estava à disposição da Justiça desde quando a prisão preventiva foi decretada, mas que negociava com a polícia detalhes da apresentação que, “entre outras questões, tratavam da segurança de Edson Lopes”.
À polícia, Edson contou que não viu os ciclistas na pista e negou que estivesse bêbado ou que tenha fugido sem prestar socorro, alegando que chamou a filha dele ao local.
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O advogado do empresário disse que a determinação da prisão preventiva é “desproporcional”. A defesa disse ainda que Edson não permaneceu no local do acidente por medo de represálias, mas que foi ao hospital onde as vítimas foram encaminhadas.
No dia do acidente, o casal foi encaminhado ao Hospital de Emergência do Agreste (HEA) pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas Cibelly não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Ela tinha 31 anos, estava na corporação há três e dava aulas no Colégio Militar do município.
Gheymisson recebeu alta hospitalar nesta segunda (23) após passar 9 dias internado. Ao deixar o hospital, ele foi homenageado por colegas de farda.
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