PM-AL promove militares réus por morte de empresário baleado em perseguição policial em Arapiraca


Patentes dos policiais passou de cabo para 3º sargento. Marcelo Leite morreu no ano passado após ser baleado com um tiro de fuzil nas costas; policiais respondem ao processo em liberdade. Marcelo Leite foi morto após ser atingido por tiro de fuzil em abordagem policial
Reprodução
Dois cabos da Polícia Militar denunciados pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) por participação na morte do empresário Marcelo Leite, baleado nas costas durante perseguição em Arapiraca em novembro de 2022, foram promovidos a 3º sargento. Eles respondem ao processo em liberdade.
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Jilfran Santos Batista e Ariel Oliveira Santos Neto integram o Pelotão de Operações Especiais da Polícia Militar, o Pelopes. Além deles, outro policial responde ao processo, Xavier Silva de Moraes, que não foi promovido. Por determinação da Justiça, todos eles devem ficar afastados das funções ostensivas enquanto durar o processo em que eles são réus.
A promoção foi publicada nas redes sociais pelo 3º Batalhão da PM. O g1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar para saber o motivo a promoção, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem.
O empresário Marcelo Leite foi baleado enquanto dirigia na AL-220 na madrugada do dia 14 de novembro, ele morreu semanas depois no Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, onde ficou internado em estado gravíssimo.
Marcelo foi baleado enquanto passava por uma viatura da Polícia Militar em alta velocidade. A versão dos PMs era de que o empresário estava armado e apontou a arma na direção da viatura, por isso os policiais atiraram.
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Os três policiais foram indiciados pela Polícia Civil em fevereiro. Eles estavam em uma das viaturas que perseguiu Marcelo na noite em que ele foi baleado. A investigação apontou que uma arma de fogo foi “plantada” no carro do empresário pelos policiais para simular legítima defesa.
Em janeiro, a polícia realizou uma reprodução simulada da abordagem. Sete peritos trabalharam na busca por indícios da causa da morte do empresário.
Policiais participaram da reconstituição da morte do empresário
Arquivo pessoal
Como cada PM foi indiciado
Jilfran (comandante da viatura): indiciado por homicídio doloso, quando assume o risco de matar, além de fraude processual, por causa da arma de fogo implantada no carro, e denunciação caluniosa.
Ariel (patrulheiro): indicado por fraude processual e denunciação caluniosa em razão de ter apresentado na Central de Polícia no dia do fato a ocorrência e a arma.
Xavier (motorista): indiciado apenas por fraude processual.
Em fevereiro, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Jilfran e de Ariel Neto, e medidas cautelares para Xavier Silva, motorista da viatura.
A Justiça aceitou a denúncia da promotoria contra os três acusados, mas negou pedido de prisão preventiva e determinou que os policiais ficassem afastados das funções ostensivas enquanto durar o processo.
À época, a reportagem entrou em contato com a defesa dos policiais, que contestou a denúncia feita pelo MP e garantiu que a versão dada pelos policiais, de que Marcelo Leite estaria armado e que teria apontado um revólver para os PMs, é verídica.
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